Por que 2026 será o ano da inteligência aplicada à gestão de documentos corporativos | Coluna

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 A gestão de documentos corporativos será, em 2026, uma das áreas mais estratégicas para empresas que buscam eficiência, segurança e tomada de decisão baseada em dados. O que antes era visto como um processo operacional - digitalizar, guardar, organizar - hoje representa uma das maiores frentes de transformação digital.Segundo a MarkNtel Advisors, o setor global de Enterprise Content Management (ECM) movimentou cerca de US$ 49 bilhões em 2024 e deve ultrapassar US$ 116 bilhões até 2030, impulsionado por companhias que precisam converter volumes massivos de informação em inteligência prática.Esse crescimento acelerado não acontece por acaso. O volume de documentos produzidos nas organizações aumenta todos os anos, e a dificuldade em acessá-los com rapidez gera perdas silenciosas. De acordo com dados citados pelo TecMundo, colaboradores chegam a perder duas horas por dia apenas buscando arquivos, enquanto dois terços dos documentos armazenados já estão desatualizados. É um desperdício diário que se transforma em impacto direto nos custos operacionais e na agilidade das equipes.Ao mesmo tempo, a pressão por compliance e governança cresce. Segundo a IMARC Group, a maturidade das soluções de automação documental e de sistemas ECM avançados está se tornando mandatória em setores regulados, que precisam garantir rastreabilidade, padronização e processos auditáveis. A inteligência artificial, antes tratada como promessa, agora amplia esse movimento: classificação semântica, leitura contextual, extração de metadados e automação inteligente deixam de ser diferenciais e passam a ser requisitos básicos.Esse avanço tecnológico marca uma virada importante: o documento deixa de ser um fim (algo a ser arquivado) e passa a ser um insumo de valor estratégico. A partir de soluções mais inteligentes, contratos, notas fiscais, evidências, relatórios e comunicações internas começam a alimentar análises, prever riscos e acelerar decisões. O que antes era um arquivo, agora vira dado; e dado vira vantagem competitiva.Por isso, 2026 será conhecido como o ano em que a inteligência aplicada à gestão documental deixa de ser tendência e se torna prática dominante. A combinação de custos menores, tecnologias mais robustas, pressão regulatória e necessidade de velocidade coloca a gestão eficiente da informação no centro da estratégia corporativa.Empresas que entenderem esse movimento não estarão apenas organizando seus acervos, mas sim abrindo caminho para operar com mais eficiência, segurança e inteligência. Porque, como mostram os números, a nova fronteira da produtividade não está apenas em produzir mais, mas em usar melhor tudo aquilo que já está documentado.