A Tether Holdings, emissora da maior stablecoin do mundo, o USDT, apresentou uma proposta para adquirir a totalidade da participação na Juventus Football Club. O acordo vinculante seria pago integralmente em dinheiro, de acordo com informações disponibilizadas ao público. A empresa já havia adquirido uma fatia de 10% do clube italiano, passando a ter maior direito de voto nas decisões da Juventus. “Para mim, a Juventus sempre fez parte da minha vida”, afirmou Paolo Ardoino, CEO da Tether. “Cresci com esse time. Quando menino, aprendi o significado de comprometimento, resiliência e responsabilidade ao ver a Juventus enfrentar o sucesso e a adversidade com dignidade. Essas lições permaneceram comigo muito depois do apito final”. No entanto, a Exor, veículo de investimento da família Agnelli e que tem participações em companhias como Stellantis, Ferrari e CNH Industrial — e na Juventus —, rejeitou a abordagem de forma imediata, sinalizando que não tem intenção de vender sua participação para a Tether ou qualquer outra parte. O conselho de administração da holding, em comunicado emitido no sábado, afirmou que “rejeita unanimemente” a proposta da Tether e que o clube “não está à venda”. Tether na Juventus: Qual é a proposta A proposta contempla a aquisição da participação da Exor, que representa 65,4% do capital social emitido da Juventus. A conclusão da transação estará sujeita à aceitação da Exor, à assinatura da documentação definitiva e à obtenção das aprovações regulatórias necessárias. Após a conclusão, a Tether pretende prosseguir com uma oferta pública de aquisição das ações remanescentes ao mesmo preço por ação. Caso a transação seja concluída, a Tether está preparada para investir um bilhão de euros no apoio e desenvolvimento do clube.