O ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, foi flagrado por câmeras de segurançana última quinta-feira (24), véspera de Natal, antes de desaparecer de casa, em Santa Catarina. Nas imagens, ele aparece carregando um VW Polo prata que, segundo a PF (Polícia Federal), era provavelmente alugado.Os registros foram obtidos por meio do sistema de CFTV (Circuito Fechado de Televisão). Por volta das 19h06, Silvinei coloca bolsas no porta-malas do veículo. Minutos depois, retorna com mais pertences, acomodados no banco traseiro, incluindo ração e diversos pacotes de tapetes higiênicos para cães.Em seguida, o ex-diretor volta ao carro carregando potes de ração e conduzindo um cachorro. Logo depois, deixa o local. À época, Silvinei aguardava o andamento do processo em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica. Leia Mais Veja medidas descumpridas por Silvinei para decisão de Moraes sobre prisão PF detalha fuga de Silvinei: tornozeleira sem sinal, carro alugado e prisão Preso no Paraguai, Silvinei será transferido pela PF para Brasília A informação consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que decretou prisão preventiva. Silvinei Vasques tentou fugir para El Salvador após ser condenado, na semana passada, a 24 anos e seis meses de prisão por participação em tentativa de golpe de Estado.O ex-diretor foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai. A CNN apurou que ele deixou Santa Catarina, onde mora, e seguiu de carro até o país vizinho. No local, tentou embarcar em um voo com destino a América Central, utilizando um passaporte paraguaio falso.CondenaçãoEm dezembro, Silvinei foi condenado a 24 anos e seis meses de reclusão pela Primeira Turma do STF, sob a acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Como ainda há possibilidade de recurso, o ex-diretor respondia ao processo em liberdade.Segundo o STF, o então diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal teria articulado o uso da corporação para dificultar o deslocamento de eleitores considerados contrários a Jair Bolsonaro (PL) até os locais de votação no segundo turno das eleições de 2022.Os ministros da Suprema Corte também mencionaram a chamada “inércia criminosa” de Silvinei Vasques diante dos bloqueios promovidos por caminhoneiros em rodovias federais após o pleito eleitoral.“A PRF cruzou os braços para a paralisação de inúmeras rodovias federais, usadas para transporte de alimentos, de medicamentos… mas eles simplesmente não desobstruía. Foi necessário uma determinação minha”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, em seu voto.Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques é preso no Paraguai após romper tornozeleira | LIVE CNN