A atriz e ativista francesa Brigitte Bardot morreu neste domingo (28), aos 91 anos, em sua residência em Saint-Tropez, no sul da França. A informação foi confirmada pela Fundação Brigitte Bardot, organização que ela criou e presidiu por décadas. Conhecida mundialmente pelas iniciais “BB”, a artista enfrentava problemas de saúde e havia sido hospitalizada recentemente com insuficiência respiratória. A causa da morte não foi detalhada no comunicado oficial, que destacou sua “vida e energia dedicadas à defesa dos animais”.Nascida em Paris em 1934, Bardot foi muito mais que uma estrela de cinema; ela personificou uma revolução comportamental. Sua ascensão ao estrelato global veio em 1956, com o filme “E Deus Criou a Mulher”, dirigido por seu então marido, Roger Vadim. A produção, que escandalizou a sociedade conservadora da época, transformou Bardot em um símbolo de liberdade sexual e emancipação feminina, desafiando os códigos morais do pós-guerra.Ao longo de sua carreira cinematográfica, que durou pouco mais de duas décadas, Brigitte trabalhou com cineastas renomados da Nouvelle Vague, como Jean-Luc Godard, com quem filmou o clássico “O Desprezo” (1963), e Louis Malle, em “Viva Maria!” (1965). Além do cinema, aventurou-se na música, gravando canções icônicas como “Bonnie and Clyde” e “Je t’aime… moi non plus” (esta última não lançada na época) com Serge Gainsbourg. Sua imagem foi tão marcante que, em 1969, ela se tornou a primeira modelo real a emprestar o rosto para o busto de Marianne, símbolo da República Francesa. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Em 1973, no auge da fama e com apenas 39 anos, Bardot tomou a decisão radical de abandonar o cinema para se dedicar integralmente à causa animal, afirmando que daria sua beleza e juventude aos homens, e sua sabedoria e experiência aos animais. Fundou a Fondation Brigitte Bardot em 1986, tornando-se uma voz ativa — e muitas vezes polêmica — na luta contra caçadas, touradas e o uso de peles. Apesar de controvérsias em seus últimos anos devido a declarações políticas, seu legado cultural como o ícone que libertou os costumes de uma geração permanece inabalável. Leia também Morre Brigitte Bardot, lenda do cinema e ativista, aos 91 anos Itália prende nove suspeitos de financiar o Hamas por meio de entidades de caridade