Tesouro Direto: Os títulos que mais renderam neste ano

Wait 5 sec.

A renda fixa foi um dos investimentos campeões de 2025, impulsionada pelo ambiente de juros elevados e pela continuidade do ciclo de aperto monetário no Brasil.“A renda fixa doméstica esteve, novamente, entre os destaques positivos do ano”, dizem Viviane Silva, Melina Constantino e Fernando Cunha, do BB Investimentos.O movimento foi sustentado pela elevação da taxa Selic de 12,25% em dezembro de 2024 para 15,00% ao ano em novembro de 2025. Nesse cenário, “o desempenho dos ativos prefixados, favorecido pelo movimento de fechamento da curva de juros nominais (DI futuro), e dos papéis de crédito privado, foram os grandes protagonistas nesse período”.No Tesouro Direto, três títulos se destacaram em 2025 em termos de rentabilidade, de acordo com a análise de Marcelo Freller, analista de investimentos do C6 Bank, que se ateve exclusivamente aos papéis disponíveis na plataforma.“Em termos absolutos, o grande vencedor do ano foi o Tesouro Prefixado, com vencimento em janeiro de 2031, ou seja, a LTN 2031, com 22,5% de rentabilidade em 2025.”Ele ressalta, no entanto, que “a volatilidade desse título é relativamente alta, ela tem alguma coisa perto de 10% de volatilidade anualizada”.O segundo destaque foi o Tesouro Renda Mais com vencimento em 2084. “Esse título também ficou com uma rentabilidade próxima de 22,5% no ano”, afirmou Freller, explicando que se trata de um papel com prazo muito longo, que passa 30 anos sem pagamentos e depois amortiza ao longo de mais 30 anos.Sobre o risco, ele observa que “a volatilidade é ainda maior do que da LTN”. “É um título que tem uma volatilidade comparável ao Bitcoin, é uma volatilidade que é duas vezes a volatilidade da Bolsa”.O terceiro título mencionado foi o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2031, a NTN-F com vencimento em janeiro de 2031. “Esse título não ganhou no retorno nominal, porque ele só rendeu cerca de 20% nesse ano, mas ele teve uma volatilidade bem menor.”Segundo o analista, “esse título com menos volatilidade do que a LTN em janeiro 31, mas com o retorno levemente abaixo, esse sim pra mim é o grande destaque de 2025”.Ao explicar o desempenho dos títulos públicos em 2025, Freller afirmou que o ano começou com preços de ativos “extremamente desvalorizados”, diante de frustrações fiscais no fim de 2024, o que levou a uma recuperação ao longo do ano.Ele destacou ainda que “esse foi o ano dos prefixados”, em um contexto de queda significativa da inflação implícita, enquanto os títulos indexados ao IPCA tiveram desempenho inferior.Segundo o analista, “essa melhora na expectativa de inflação que fez com que os prefixados performassem melhor do que os IPCA+”.