“Não era o sonho dela”, conta neto de 1ª brasileira a vencer Miss Universo

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A gaúcha Ieda Maria Vargas, primeira brasileira a conquistar o título de Miss Universo, em 1963, não tinha o sonho de participar de concurso de beleza. É o que conta seu neto Enzo Vargas à CNN Brasil. Ieda faleceu na segunda-feira (22), aos 80 anos, após um quadro de broncoaspiração.Nascida em Porto Alegre (RS) no dia 31 de dezembro de 1944. A trajetória de Ieda rumo ao estrelato internacional começou precocemente em 1962, quando, aos 17 anos, foi eleita Rainha das Piscinas do Rio Grande do Sul. Leia Mais Família revela causa da morte de 1ª brasileira a vencer Miss Universo Desfile em carro aberto e Hollywood: veja a trajetória de Ieda Maria Vargas Miss Universo Brasil resgata encontro com Ieda Maria Vargas: "Emblemática" Seguiu carreira nas passarelas, conquistando as coroas de Miss Porto Alegre, Miss Rio Grande do Sul e Miss Brasil. O grande feito de sua biografia veio com o primeiro lugar no Miss Universo em 1963, em Miami Beach, nos Estados Unidos.Porém, nada disso foi realmente planejado. “Isso é engraçado porque ela sempre contou que, na verdade, não tinha sido o sonho dela. Se eu não me engano, o irmão dela teve a ideia de inscrevê-la no primeiro concurso, o Rainha das Piscinas. Depois vieram os outros”, conta Enzo em entrevista à CNN Brasil. “Foi algo que foi acontecendo naturalmente, não foi planejado ou um sonho que ela cresceu tendo”, completa.Inclusive, Ieda não queria ir ao Miss Universo, segundo o neto. “Ela já estava com o vestido de noiva pronto, já ia casar, e quando ela foi chamada, ela não esperava ganhar”, conta. Mas ganhou.Depois do feito, Ieda despediu-se dos concursos em agosto de 1964, quando transferiu a coroa para a sucessora grega Corinna Tsopei.Vida reservada, mas cheia de lembrançasEm 1968, Ieda se casou com José Carlos Athanázio, com quem teve dois filhos. De volta à capital gaúcha, Ieda decidiu não seguir carreira artística e manteve uma vida reservada, limitando suas aparições públicas a eventos como convidada de honra.Apesar de ter ficado longe dos holofotes, Ieda manteve a memória de suas conquistas como Miss vivas entre sua família. “Era um assunto tratado 100% com naturalidade”, conta Enzo. “Ela contava que conheceu muitos lugares legais por causa do concurso, como Miami e a Europa. Isso foi algo que, para ela, foi muito legal”, relembra.Mesmo não participando mais ativamente, Ieda continuou acompanhando os concursos. Nos últimos anos, passou a ser mais ativa nas redes sociais com a ajuda do neto e da filha, Fernanda Vargas.“Ela era uma pessoa totalmente alegre, feliz, positiva, de bem com a vida, tranquila… Parecia que não tinha dia ruim para ela. Todos os dias eram felizes. Ela nunca estava reclamando de algo”, relembra Enzo. “Eu acho que ela gostaria de ser lembrada com muito carinho, muito amor e pela história que ela construiu durante a vida”, finaliza.Conheça Fátima Bosch, coroada Miss Universo 2025