Fim de ano aumenta demanda por seguros; conheça os mais procurados

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O fim de ano traz uma avalanche de compras, viagens e transações digitais no Brasil. Com isso, surge uma demanda maior por seguros que protegem bens, saúde em deslocamentos e o dinheiro no Pix. Até setembro de 2025, os seguros de danos e responsabilidades cresceram quase 7%, puxados por garantia estendida, proteção de celular e fraudes, segundo dados da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras). Já o seguro-viagem avançou 6,7%, totalizando R$ 749,5 milhões.Na prática, isso significa opções acessíveis para o consumidor evitar prejuízos como consertos caros de uma TV nova, substituição de celular roubado ou despesas médicas em uma viagem, diluindo riscos com mensalidades baixas e indenizações rápidas.Veja abaixo os seguros mais procurados nesta época do ano: Garantia estendidaImagine comprar uma TV nova para as festas e, meses depois, o conserto custar uma fortuna. É aí que entra a garantia estendida, um seguro que prolonga a proteção além do prazo de fábrica. Nos primeiros nove meses de 2025, esse segmento arrecadou mais de R$ 3 bilhões, alta de 9,6% ante 2024, segundo a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), que representa as companhias que operam no ramo.“Em um cenário de maior venda de eletroeletrônicos, o seguro se consolida como um instrumento de previsibilidade financeira para o consumidor após o término da garantia de fábrica”, afirma Sidemar Spricigo, presidente da Comissão de Seguros Gerais Afinidades da FenSeg.Leia também: Mercado de seguros deve crescer 8,5% em 2025, sem contar previdência privadaUm estudo da Assurant, seguradora associada da FenSeg, revela que 42% dos brasileiros que compraram esses bens nos últimos 12 meses aderiram, e 50% pretendem repetir. É uma forma simples de diluir riscos e evitar gastos surpresa com manutenção.Seguro de celularTrocar ou presentear um smartphone é clássico no Natal, mas o risco de roubo cresce.Furtos subiram 4,9% de dezembro de 2024 a abril de 2025, para 76.520 casos, segundo o Ministério da Justiça. Esse seguro cobre roubo, furto e danos, ideal para períodos de maior circulação em shoppings e festas .O Brasil tem cerca de 10 milhões de aparelhos segurados — só 4% da base total —, movimentando R$ 2,5 bilhões anuais em prêmios (valor que o segurado paga à seguradora para ter direito à cobertura), com custo de 20% a 25% do valor do celular. “Apesar do crescimento, a penetração do seguro de celular ainda é baixa frente ao tamanho da base de aparelhos em circulação, o que demonstra um potencial importante de ampliação da proteção”, diz Spricigo.Leia mais: Seguros para celular estão mais personalizáveis e usam IA para agilizar indenizaçõesO seguro para celular pode ser contratado de forma totalmente digital, por meio de sites ou aplicativos, com atendimento remoto para suporte durante o processo de acionamento do sinistro. Os valores dos seguros para celular não são baseados apenas no valor do aparelho e variam conforme:perfil do seguradolocalizaçãotipo de cobertura contratadaFatores como rotina, área de circulação e histórico também podem ser levados em consideração. Existem formatos de contratação flexíveis sob demanda, como planos por períodos curtos, como dias, semanas ou meses, e com ativação imediata, o que amplia a adaptação do produto às diferentes necessidades dos consumidores.Nem todos os seguros cobrem os mesmos riscos. Os planos mais básicos geralmente protegem contra roubo e furto qualificado, enquanto os mais completos incluem furto simples, danos acidentais, oxidação por líquidos e defeitos não cobertos pela garantia.Proteção contra fraudesCompras online e Pix explodem no fim de ano, mas golpes também: 38% dos brasileiros sofreram tentativas até março de 2025, ante 33% em setembro de 2024, segundo o Radar Febraban (Federação Brasileira de Bancos). De acordo com a FenSeg, o chamado “seguro Pix” é voltado principalmente a transações realizadas sob coação ou em situações de violência, não abrangendo contestações comuns do cliente.Oferecidos em apólices (contrato de seguro) de afinidade ou cartões, custam a partir de R$ 2,90 mensais, dependendo do limite de indenização.Funcionam como rede de segurança extra ao sistema bancário, combatendo Pix forçado ou engenharia social.Leia também: Como escolher o melhor seguro para esquiar na neve? Seguro-viagemCom o aumento de deslocamentos de lazer, o seguro-viagem cobre despesas médicas, extravio de bagagem e cancelamentos. Seu crescimento de 6,7% reflete o otimismo pós-pandemia. Para famílias viajando de carro ou avião, é uma proteção barata que evita rombos no orçamento. O custo diário de um seguro-viagem varia bastante dependendo do destino.Para cidades brasileiras, a diária de um seguro viagem começa em cerca de R$ 5/dia. Para destinos na América Latina, Europa, Ásia, África e Oceania, o valor inicial gira em torno de R$ 24 por dia.Já para os Estados Unidos e Canadá, o custo diário chega a R$ 42, praticamente o dobro dos outros destinos internacionais. Essa diferença ocorre por conta do alto custo da medicina nos EUA e Canadá.Leia mais: Fluxo de turistas brasileiros para os EUA perde força e mexe com o seguro-viagemSeguradoras estão oferecendo cada vez mais planos que vão além das coberturas básicas, como a assistência médica, permitindo incluir proteções específicas para atender às necessidades individuais de cada viajante.Há planos voltados para famílias com crianças, mergulhadores, estudantes em intercâmbio, viajantes LGBTQIA+, cruzeiristas, amantes da neve e executivos.Entre as proteções adicionais estão indenizações por:atraso de voo,perda de bagagem,cancelamento de viagem,reembolso de aulas de esqui,assistência jurídica,telepsicologiae até cobertura contra chuva.Há ainda seguradoras que oferecem coberturas voltadas para viagens de neve, com proteção para aulas de esqui ou snowboard e proteção para equipamentos próprios, aulas de mergulho e viagens de cruzeiro. Tem alguma dúvida sobre o tema? Envie para leitor.seguros@infomoney.com.br que buscamos um especialista para responder para você!The post Fim de ano aumenta demanda por seguros; conheça os mais procurados appeared first on InfoMoney.