A volatilidade do Kiss original, explicada por Doc McGhee

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A formação original do Kiss começou a desmoronar no início da década de 1980. Primeiro, o baterista Peter Criss deixou o grupo e, pouco tempo depois, o saudoso guitarrista Ace Frehley seguiu o mesmo caminho. Uma reunião até aconteceu em 1996, mas não durou muitos anos, acabando de vez em 2002. Na opinião do empresário Doc McGhee, há um motivo pelo qual o reencontro não deu certo: a volatilidade dos músicos. Durante o evento KISS Kruise: Land-Locked In Vegas, o profissional explicou a questão por meio de uma metáfora. Ao seu ver, colocar os membros juntos novamente foi como retomar um casamento já acabado. De maneira inevitável, “os sentimentos antigos voltaram”. Como transcrito pela Ultimate Guitar, ele declarou:“Eles não tocaram juntos por 17 anos. Se você tem um copo de leite azedo e coloca na geladeira por 17 anos esperando que ele melhore, isso não vai acontecer. Mas eles realmente aguentaram firme por um tempo [depois que começaram a reunião], até que as emoções vieram à tona e todos os sentimentos antigos voltaram. É como um casamento ou um relacionamento. Setenta por cento dos casamentos acabam, então por que uma banda de rock não acabaria? Eles convivem todos os dias, e cada um tem seus apoiadores, familiares e amigos dizendo ‘você é mais importante’, ‘estão recebendo mais dinheiro do que você’.”Segundo McGhee, não dá para deixar o passado para trás. Sendo assim, “a história se repetiu”:“Todas essas coisas interferem e às vezes as pessoas não conseguem superar isso. Não conseguem deixar o passado para trás, e o passado acaba matando o futuro. A história se repetiu: o Kiss levou uns seis anos para começar a desmoronar da primeira vez e, quando eu os juntei de novo, depois de seis anos começaram a desmoronar outra vez…”Paul Stanley concorda com a visão. Em entrevista ao programa Jim & Sam Show em 2021, o vocalista e guitarrista emitiu a seguinte opinião a respeito de uma nova reunião: “Acho que as pessoas anseiam por algo que é… eu ia dizer ‘impraticável’, mas diria ‘impossível’. É ótimo olhar para trás, mas não é diferente de quando você termina com alguém e anos depois você fica ‘uau, vou voltar, por que isso aconteceu?’. Você volta e não é mais a mesma coisa. E rapidamente você percebe isso – como nós percebemos – por que não funcionou da primeira vez. É por isso que não funcionou da segunda vez.”Sobre o KissFormado em 1973, o Kiss vendeu mais de 100 milhões de álbuns em toda a carreira. É a banda americana com maior número de discos de ouro e platina de todos os tempos.A formação original do grupo trouxe Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Ace Frehley (guitarra solo e voz) e Peter Criss (voz e bateria). Conquistaram fama em 1975, com o álbum ao vivo “Alive!”, e permaneceram com esta formação até 1980, ano em que a saída de Criss foi oficializada. Frehley, por sua vez, seguiu até 1982.Stanley e Simmons optaram por dar continuidade ao grupo com substitutos. O baterista Eric Carr ocupou a vaga de Peter até 1991, quando morreu, aos 41 anos, vítima de um câncer no coração. A guitarra solo passou pelas mãos de Vinnie Vnicent e Mark St. John até se firmar com Bruce Kulick, a partir de 1984.Com o falecimento de Carr, Eric Singer foi trazido para o grupo. Em 1996, tanto Singer quanto Kulick foram dispensado para as voltas de Criss e Frehley.No ano 2000, o Kiss anunciou uma turnê de despedida que durou até o ano seguinte. Porém, a banda optou por continuar suas atividades, novamente sem Peter e Ace. Eric Singer retornou e Tommy Thayer assumiu a guitarra solo.Nesta configuração final, o grupo anunciou em 2018 sua segunda turnê de despedida, “End of the Road”. Iniciada no ano seguinte, a excursão teve mais de 200 shows distribuídos pelas Américas, Europa, Oceania e Ásia.Quer receber novidades sobre música direto em seu WhatsApp? Clique aqui!Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.O post A volatilidade do Kiss original, explicada por Doc McGhee apareceu primeiro em Igor Miranda.