IG4 submete ao Cade operação para comprar fatia da Braskem (BRKM5), afirma Petrobras

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A Petrobras (PETR4) informou ao mercado que, tendo em vista os avanços nas negociações da venda da fatia da Novonor na Braskem (BRKM5), o fundo Shine, da IG4, submeteu a potencial operação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).“Cabe ressaltar que a vinculação da Petrobras ao possível novo acordo de acionistas da Braskem depende da conclusão dos termos finais da potencial operação, da análise de seus direitos de preferência e tag along conforme o acordo vigente, além das aprovações internas necessárias”, diz a Petrobras em comunicado.Segundo a petrolífera, o andamento das negociações não afeta seus direitos. Dessa maneira, a Petrobras seguirá monitorando e avaliando os efeitos da potencial operação para, se aplicável, decidir sobre exercer ou não seus direitos previstos no acordo de acionistas vigente ou celebrar um novo acordo, quando apropriado.A Novonor detém atualmente 50,1% das ações com direito a voto da Braskem e 38,3% do total de ações, enquanto a Petrobras possui 47% das ações votantes e 36,1% do total de papéis. O mecanismo de tag along serve para garantir proteção no caso de uma mudança de controle acionário. Os direitos da Petrobras à preferência e tag along estão previstos no acordo de acionistas vigente da Braskem.As negociações sobre a BraskemEm meados deste mês, a Braskem anunciou que a IG4 fechou um acordo para assumir a participação da Novonor na petroquímica.Um destino para a fatia detida pela Novonor (ex-Odebrecht) era aguardado pelo mercado há tempos, e o nome da IG4 já estava no radar.A IG4 representa os bancos credores da companhia — Itaú, Bradesco, Santander, BB e BNDES –, que têm ações BRKM5 como garantia de empréstimos feitos à petroquímica. A Novonor se comprometeu a transferir a participação na Braskem para um fundo da IG4, que passará a deter 50,111% do capital votante e 34,323% do capital total da petroquímica.Após a conclusão da operação, a Novonor permanecerá com 4% da Braskem.A IG4 acrescentou em outro comunicado que a operação envolve cerca de R$ 20 bilhões em dívida e não causará mudanças operacionais imediatas na Braskem.