EUA: PIB surpreende e cresce 4,3% no 3º trimestre, acima do esperado

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A economia dos Estados Unidos avançou 4,3% no terceiro trimestre deste ano. É o que mostra a primeira leitura dos dados, divulgada nesta terça-feira (23/12) pelo Departamento de Comércio do governo norte-americano.O resultado veio bem acima das estimativas de analistas do mercado, que projetavam expansão de 3,3% no terceiro trimestre.No segundo trimestre deste ano, o PIB dos EUA avançou 3,8%, na base anual (dado revisado). No primeiro trimestre, recuou 0,5%.No quarto trimestre do ano passado, a economia dos EUA cresceu 2,4%. Leia também NegóciosDólar opera estável e Bolsa sobe com Bolsonaro, IPCA-15 e PIB dos EUA NegóciosInflação nos EUA segue acima da meta, mas vem abaixo do esperado NegóciosEUA: inflação do consumo fica estável em setembro, dentro do esperado NegóciosNa última reunião do ano, BC dos EUA corta juros pela 3ª vez seguida Shutdown prejudicou divulgação dos dadosEsta foi a primeira divulgação dos dados do PIB dos EUA desde o fim do shutdown – a paralisação de diversos setores da máquina governamental, que durou mais de 40 dias e foi a maior da história do país.O Departamento do Trabalho não conseguiu coletar todos os dados a tempo, devido à paralisação da máquina. A divulgação dos números estava prevista inicialmente para o dia 30 de outubro.Dado é observado pelo FedO dado sobre a atividade econômica é um daqueles levados em consideração para a definição da taxa básica de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano).Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, o corte nos juros foi de 0,25 ponto percentual, acompanhando as projeções da maioria dos analistas do mercado. Agora, os juros estão no patamar entre 3,5% e 3,75% ao ano.Foi a terceira redução consecutiva na taxa de juros pelo BC dos EUA. Na reunião anterior do Fed, em setembro, o corte também havia sido de 0,25 ponto percentual.A votação não foi unânime. Stephen Miran, novo integrante do Fed, indicado por Donald Trump, votou por um corte maior, de 0,5 ponto percentual, enquanto Jeffrey R. Schmid e Austan D. Goolsbee votaram pela manutenção da taxa de juros.O próximo encontro da autoridade monetária para definir a taxa de juros, o primeiro de 2026, está marcado para os dias 27 e 28 de janeiro.A taxa básica de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação. Quando a autoridade monetária mantém os juros elevados, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.