A melhor capa de disco do Pink Floyd, segundo Nick Mason

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A discografia do Pink Floyd é fortemente marcada por suas capas. Ao longo dos anos, a banda colaborou com o grupo Hipgnosis, liderado por Storm Thorgerson, responsável por artes que vão desde o célebre prisma de “The Dark Side of the Moon” (1973) até a compilação “A Collection of Great Dance Songs” (1981).Nick Mason tem uma favorita entre todas: a capa de “Wish You Were Here” (1975). Fotografada por Aubrey “Po” Powell nos estúdios da Warner Bros., em Burbank, na Califórnia, a imagem mostra o saudoso dublê Ronnie Rondell Jr., usando um terno em chamas, enquanto aperta a mão de Danny Rogers, vestido de maneira semelhante.Segundo o baterista, a arte é “a melhor” quando comparada com as demais. Mencionando o contexto da época, o músico explicou recentemente para a Variety:“Acho que provavelmente é, inclusive para mim, a melhor capa de álbum entre todos os trabalhos que a Hipgnosis fez para a gente. Gosto também da foto do mergulhador congelado [que está dentro do disco]. Não existia Photoshop naquela época, então tudo foi feito de verdade, inclusive o homem em chamas. Sei que chegou um momento em que sugeriram fazer outra imagem e ele simplesmente disse: ‘não, chega’.”Na autobiografia “Inside Out – a Verdadeira História do Pink Floyd” (2004), Mason destacou que, naquele período, ele e os colegas tinham liberdade para “desenvolver ideias mais elaboradas” para as capas. Por isso, com o intuito de expressar o sentimento de ausência, a banda optou pelos seguintes elementos na sessão de fotos de “Wish You Were Here”, contida dentro do material:“Após o sucesso de ‘Dark Side’, passamos a ter liberdade para desenvolver ideias mais elaboradas com Storm e o Hipgnosis. Storm apresentou quatro ou cinco conceitos ligados aos temas do álbum — incluindo o homem nadando na areia, o mergulho congelado, o executivo em chamas e o véu voador — e, em vez de escolher apenas um, decidimos manter todos.”Os bastidores por trás da capa de “Wish You Were Here”O conceito da capa surgiu de Storm Thorgerson, que tinha predileção por fazer longas sessões de brainstorm com a banda enquanto ouviam as músicas do disco. Por meio de sensações despertadas e trechos de letras, conceitos eram criados e imaginados, conforme o próprio designer contou em seu livro “Mind Over Matter: The Images of Pink Floyd”, lançado em 1997.“Nós discutimos o que a música nos fazia sentir. Ou a intenção das letras. Ou sobre o que o álbum realmente seria, mesmo se o Floyd não tivesse dito, ou ainda não soubesse.”Como mencionado, aparecem na arte os dublês Ronnie Rondell Jr. (o homem em chamas) e Danny Rogers (o outro). Ao documentário “Pink Floyd: The Story of Wish You Were Here” (2012), Ronnie relembrou como surgiu o convite (via Rolling Stone):“Eu fazia muito trabalho com fogo naquela época. Por isso, já tinha os trajes especiais e todo o equipamento necessário para isso. Era bem fácil de fazer, não era muito arriscado e pagava bem.”Por baixo do terno, o profissional utilizava um traje antichamas e uma touca, disfarçada por uma peruca, para proteger a cabeça. Ao todo, devido ao vento, foram necessárias 15 tentativas antes de o fogo alcançar seu rosto. Quando as chamas atingiram o bigode, ele se jogou no chão e foi imediatamente socorrido por bombeiros com extintores e cobertores.Quer receber novidades sobre música direto em seu WhatsApp? Clique aqui!Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.O post A melhor capa de disco do Pink Floyd, segundo Nick Mason apareceu primeiro em Igor Miranda.