Médicos de Bolsonaro avaliam procedimento incomum para crise de soluço

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O ex-presidente Jair Bolsonaro deve passar por um novo procedimento médico no início da próxima semana para tratar a crise de soluço, afirmou Cláudio Birolini, cirurgião que irá conduzir o tratamento, em entrevista para a imprensa.Trata-se de um bloqueio anestésico do nervo frênico, que não é um procedimento comum para curar soluços, mas está sendo avaliado como uma opção pela equipe médica de Bolsonaro.Leia tambémDatafolha: 74% da população identifica-se como bolsonarista ou petistaAos entrevistados foi feita a seguinte pergunta: “considerando uma escala de 1 a 5, onde 1 é bolsonarista e 5 petista, em qual número você se encaixa?”Bolsonaro deixa prisão e é internado em hospital de Brasília para cirurgiaEx-presidente saiu da Polícia Federal após 32 dias preso e passará por procedimento para correção de hérnia inguinal bilateralO procedimento não cirúrgico deve ocorrer após alguns dias de recuperação da cirurgia de hérnia inguinal bilateral, que será feita nesta quinta-feira, 25. A estimativa é de que a operação dure entre 3 e 4 horas e o ex-presidente fique internado por 5 a 7 dias.“Está previsto o bloqueio anestésico do nervo frênico, que é uma anestesia do nervo que inerva o diafragma. Depois da cirurgia de hérnia, vamos reavaliar a situação e ver se convém fazer esse bloqueio anestésico, que é um procedimento relativamente seguro, mas que não é o padrão de tratamento de soluço, então a gente precisa ver se o benefício justifica o risco”, disse Birolini.Diferente da cirurgia da hérnia pela qual o ex-presidente passou em abril, de caráter emergencial, em que havia uma série de variáveis que os médicos não tinham controle, é esperado que esta cirurgia ocorra “sem maiores intercorrências”, segundo o médico.Na época, foi feita a correção das hérnias que “deformavam” o abdomen de Bolsonaro. “Foi colocada uma tela que ocupa toda a parede abdominal anterior dele. Isso causa uma diminuição da elasticidade da parede abdominal, levando a um aumento secundário da pressão intrabdominal”, explica o cirurgião.Posteriormente, o ex-presidente passou a ter crises intensas de soluço, que também causam um aumento da pressão intrabdominal. Com isso, ele voltou a sentir incômodo, tornando necessária mais uma cirurgia para as hérnias.“Ele já tinha uma fraqueza da parede adbominal na região ingnal. Esse aumento da pressão abdominal resultante da cirurgia e das crises de solução fez com que essa fraqueza se manifestasse clinicamente através de uma hérnia ingnal. Daí a necessidade da cirurgia”, continua Birolini, que reforça a cirurgia não atua nas crises de soluço, o que seria resolvido pelo procedimento anestésico na próxima semana.A hérnia acontece quando há uma frouxidão ou abertura na parede abdominal/pélvica que permite o extravasamento de alças do intestino ou de outros tecidos por meio dessa abertura. O quadro leva à formação de um caroço e pode trazer dor e desconforto, em especial durante esforço físico.Quando esse extravasamento ocorre na região da virilha, a hérnia é chamada de inguinal. Ela é considerada bilateral quando atinge a virilha direita e a esquerda simultaneamente.“É realizado um corte de cada lado da virilha, a hérnia é empurrada para dentro, é feita uma sutura da área fraca e, na sequência, um reforço tecidual com uma tela de propileno”, explica o médico que realizará a cirurgia nesta quinta-feira.Questionado se Bolsonaro irá precisar de cuidados médicos específicos após o período de internação, ao retornar para a cela onde está preso na Polícia Federal, Birolini disse que a solicitação de profissionais de saúde poderá ser feita mediante necessidade.“Se, em um determinado momento, a gente achar que ele tem condições de retornar, ele vai voltar (para a cela). E se houver necessidade de algum cuidado especial durante a carceragem, a gente estuda qual a melhor forma de lidar com isso. Se for o caso, solicitando autorização para visita de enfermeiro, médico, fisioterapeuta”, disse.Já de acordo com o cardiologista do ex-presidente, Brasil Ramos Caiado, Bolsonaro apresenta quadros de depressão e ansiedade prévios, potencializados pela preocupação pré-operatória.“O presidente está deprimido, um pouco pela situação que ele está passando, e bastante ansioso. A ansiedade leva a um quadro recorrente de soluço, que atrapalha o sono dele”, disse o médico, acrescentando que Bolsonaro está medicado tanto para as crises de soluço quanto para as questões de saúde mental.The post Médicos de Bolsonaro avaliam procedimento incomum para crise de soluço appeared first on InfoMoney.