Após uma nova cirurgia para correção de hérnias inguinais, realizada na quinta-feira (25/12), o ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado em Brasília sob observação médica contínua. Além da recuperação do procedimento na região da virilha, a equipe monitora um quadro de soluços persistentes, que tem provocado grande desconforto, interferido no sono e pode exigir uma intervenção adicional nos próximos dias, conforme detalhado em boletins oficiais e por familiares.Como estão os soluços persistentes de Bolsonaro?Segundo o boletim médico, Bolsonaro apresenta crises de soluços que podem chegar a aproximadamente 40 episódios por minuto. Esse padrão intenso afeta diretamente o descanso, o sono e a recuperação geral do organismo, ponto sensível no contexto de pós-operatório imediato.O médico Brasil Caiado descreve que o quadro de soluços causa grande cansaço, interferindo na qualidade do sono, na recuperação muscular e respiratória e na adesão à fisioterapia. A equipe ajusta medicamentos, exames de acompanhamento e terapias complementares para tentar controlar o problema sem necessidade de intervenção invasiva.Qual é o procedimento estudado para tratar os soluços?Entre as alternativas consideradas está um bloqueio anestésico do nervo frênico, responsável por controlar o diafragma, músculo central da respiração e relacionado ao reflexo do soluço. Com auxílio de ultrassom, os médicos localizam os nervos envolvidos e aplicam substâncias anestésicas associadas a corticoides para interromper o estímulo que desencadeia as crises.A prioridade, porém, é tentar resolver o quadro com medidas clínicas tradicionais, como ajustes de medicamentos, controle rigoroso da dor e fisioterapia respiratória e motora. Caso não haja resposta satisfatória até o início da próxima semana, o bloqueio do nervo frênico passa a ser uma possibilidade concreta e será decidido conforme a evolução clínica.Como está o tratamento pós-operatório imediato?Em paralelo ao controle dos soluços, Bolsonaro segue em uso de analgésicos, em sessões de fisioterapia motora e sob medidas de prevenção de trombose venosa, protocolo comum após cirurgias de médio e grande porte. A presença de soluços persistentes é tratada como fator adicional de atenção, pois consome mais energia em um momento de cicatrização e adaptação à tela de polipropileno na região abdominal.A equipe também monitora alimentação, hidratação, função respiratória e dor, buscando manter estabilidade hemodinâmica e evitar complicações respiratórias ou vasculares. A expectativa é que a evolução dos próximos dias indique se o organismo responderá bem às medidas conservadoras em curso.Como foi a cirurgia de hérnias inguinais e qual é o quadro clínico atual?Bolsonaro foi internado no Hospital DF Star na manhã de quarta-feira (24) para uma herniorrafia inguinal bilateral, indicada para corrigir hérnias na região da virilha que podem causar dor e, em casos mais graves, compressão de estruturas internas. Segundo o médico Cláudio Birolini, tratava-se de hérnia do tipo misto, com componentes diretos e indiretos, reparada com reforço da parede abdominal e colocação de tela sintética de polipropileno, sob anestesia geral.Essa foi a oitava cirurgia desde 2018, ano em que Bolsonaro sofreu uma facada na região abdominal durante a campanha eleitoral, o que gerou diferentes intervenções para correções e sequelas. O ex-presidente permanece internado em leito hospitalar sob vigilância 24 horas de dois agentes da Polícia Federal, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, e tem acompanhamento à distância de familiares, incluindo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.FAQ sobre BolsonaroPor quanto tempo Bolsonaro deve permanecer internado? A duração da internação depende do controle dos soluços e da evolução do pós-operatório. A alta só deve ocorrer quando houver estabilidade clínica e boa recuperação funcional.Quais são os riscos do bloqueio do nervo frênico, se for realizado? O procedimento é considerado seguro quando bem indicado, mas pode causar efeitos temporários na respiração, exigindo monitoramento rigoroso em ambiente hospitalar.Os soluços persistentes podem atrasar a recuperação da cirurgia? Sim. Crises frequentes aumentam o cansaço, prejudicam o sono e podem dificultar a cicatrização e a reabilitação física no pós-operatório.O post Médicos avaliam novo procedimento após cirurgia de Bolsonaro apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.