Policial influencer atira com fuzil e fere trabalhadores em obra

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O investigador da Polícia Civil de Minas Gerais Fernando Augusto Diniz, de 37 anos, foi preso em flagrante na noite dessa sexta-feira (17/10) após atirar contra trabalhadores de uma obra em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.Segundo o registro policial, ele mandou que os operários se deitassem no chão antes de efetuar os disparos.De acordo com as investigações, Fernando é filho de um morador vizinho à obra, que teria desavenças com a construtora responsável pelo empreendimento. Os trabalhadores afirmaram que o policial chegou ao local com uma arma de grosso calibre, fuzil, equipada com mira a laser e começou a ameaçá-los. Leia também Mirelle Pinheiro Polícia se manifesta após sexo de policial com cinco presos em cela Mirelle Pinheiro Presos tomaram arma de policial durante suruba em cela de delegacia Mirelle Pinheiro Polícia investiga sexo de policial com 5 presos em cela de delegacia Mirelle Pinheiro Caso mulher do padre: veja quem é o principal alvo da investigação Um vídeo gravado por moradores mostra o momento em que o homem caminha armado após os disparos.Três pessoas, de 32, 34 e 57 anos, foram baleadas e levadas ao Hospital Municipal de Contagem. Duas delas relataram à polícia que conseguiram correr mesmo feridas e pediram socorro na entrada da obra.Desentendimento com vizinhosO pai do policial, que mora ao lado do canteiro de obras, havia registrado boletins de ocorrência anteriores contra a empreiteira.Segundo ele, a construtora estaria praticando “atos irregulares”,  embora a polícia não tenha especificado quais. As investigações apuram se o conflito entre vizinhos teria motivado o ataque armado.Durante as buscas no local, a perícia encontrou um cartucho calibre 5.56, compatível com armas de uso restrito.O policial foi localizado em sua residência horas depois e alegou não se lembrar dos fatos. Segundo testemunhas, ele havia ingerido bebida alcoólica antes do ataque.InfluencerFernando Diniz mantém 17 mil seguidores nas redes sociais, onde se apresenta como criador de conteúdo digital e especialista em Segurança Pública.Ele também afirma ser integrante da Patrulha Unificada Metropolitana de Apoio (PUMA) da Polícia Civil e costuma publicar vídeos com versículos bíblicos, além de links de produtos patrocinados.A perícia oficial foi acionada para analisar a cena do crime, e a arma usada nos disparos ainda não foi localizada. O caso segue sob investigação da Corregedoria.