O CEO da Liga Forte União (LFU), Gabriel Lima, expôs a nova estratégia dos clubes para o mercado internacional.Convidado do CNN Esportes S/A deste domingo (5), o executivo relatou o plano de levar o Campeonato Brasileiro para o exterior, visando formar uma base de fãs estrangeiros e, consequentemente, valorizar o produto. Leia Mais Memphis retorna à seleção da Holanda enquanto se recupera pelo Corinthians Alisson desfalca Liverpool até depois da Data Fifa de novembro, diz Slot Brasileirão: Cruzeiro não perdeu para nenhum time do G-8; veja retrospecto O objetivo é parar de vender apenas jogadores, a “matéria-prima”, e começar a exportar o próprio Campeonato Brasileiro como “produto acabado”.Então, hoje os clubes brasileiros vendem só matéria-prima, que são seus jogadores. E a gente precisa vender o nosso produto acabado, que é o nosso campeonato. Tem muito mais valor vender o produto acabado do que vender a matéria-prima.Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União (LFU)Essa mudança de foco visa manter os talentos por mais tempo no país e gerar crescimento sustentável.“Então, assim, é essa dinâmica que a gente quer mudar, porque a gente quer manter os nossos jogadores, os nossos talentos aqui por mais tempo. E a gente só vai conseguir fazer isso quando a gente tiver números relevantes, e a gente só vai conseguir números relevantes a partir do momento que a gente exportar o nosso campeonato”, afirmou o executivo.Futebol invisívelLima reconheceu que, embora o Brasil seja potência na exportação de atletas, o futebol de clubes é desconhecido no exterior.“Nós somos número um em valor de transação, quando a gente olha para venda de jogadores. Então, o Brasil historicamente é o país que mais vende jogador e que tem maior valor quando você compara por nacionalidade”, refletiu.CBF anuncia mudanças no Brasileirão, Copa do Brasil, Estaduais e mais; veja | BASTIDORES CNNEle destacou a disparidade entre o alto valor dos jogadores brasileiros no mercado global e o baixo reconhecimento dos clubes do país.A gente é muito conhecido do ponto de vista de jogadores. Nossos jogadores são mundialmente conhecidos, estão nos melhores times do mundo, e são figuras muito conhecidas, mas os nossos nossos times não são muito conhecidos porque a gente não tem um produto tipo exportação. Nosso Campeonato Brasileiro é muito pouco visto fora do Brasil.Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União (LFU)Do Brasil para o mundoO trabalho da LFU, portanto, é focado em reverter esse quadro.“Então, esse é o trabalho de crescimento que a gente tem que fazer no futuro a partir de uma liga unificada, a partir de uma liga organizada pelos clubes. Esse é trabalho que a gente deveria focar”, afirmou.A primeira fase da estratégia é de criação de audiência, não de monetização imediata.“A gente não pretende monetizar e ter um cheque enorme agora, o que a gente quer é colocar no máximo de países possíveis, nos melhores outlets de mídia possíveis. Pra gente poder daqui três ou cinco anos, aí de fato, com a relevância sendo criada”, explicou.A LFU já possui acordos para transmissão em 55 países, incluindo Reino Unido, Balcãs, Rússia e Estados Unidos. O foco é fazer com que o torcedor internacional se acostume com o campeonato.“A estratégia é exatamente essa: é criar relevância, que as pessoas se acostumem,” concluiu.CNN Esportes S/ACom Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União (LFU), o CNN Esportes S/A chega à 111ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa aborda os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.Em pauta, os assuntos mais quentes da indústria do mundo da bola, na perspectiva de economia e negócios.Brasileirão: veja as chances de título de Flamengo, Palmeiras e Cruzeiro