O Ministério da Saúde começou a distribuir, neste sábado (4/10), etanol farmacêutico, antídoto usado no tratamento de intoxicações por metanol, para cinco estados brasileiros. A medida ocorre após o aumento de casos suspeitos e confirmados de intoxicação pela substância química no país durante a última semana.A crise é investigada pela Polícia Federal (PF) desde a última terça-feira (30/9). Em paralelo, a Polícia Civil do Estado de São Paulo também faz apurações.Até o momento, duas mortes foram confirmadas no estado de São Paulo, que é o epicentro da crise, com 14 casos de intoxicação confirmados e outros 148 em análise.Veja os números oficiais de intoxicação por metanol no BrasilSão Paulo: 162 notificações – 14 casos confirmados e 148 casos suspeitos em investigação. Dois óbitos confirmados e sete em investigação.Pernambuco: 11 casos suspeitos em investigação. Três óbitos em investigação.Distrito Federal: Um caso suspeito em investigação.Bahia: 2 casos suspeitos em investigação. Um óbito em investigação.Paraná: Três casos suspeitos em investigação.Mato Grosso do Sul: Cinco casos suspeitos em investigação. Um óbito em investigação.Goiás: Dois casos suspeitos em investigação.Minas Gerais: Um caso suspeito em investigação.Mato Grosso: Um caso suspeito em investigação.Rondônia: Um caso suspeito em investigação.Piauí: Um caso suspeito em investigação.Rio Grande do Sul: Dois casos suspeitos em investigação.Rio de Janeiro: Um caso suspeito em investigação.Paraíba: Um caso suspeito em investigação.Ao todo, 580 ampolas do antídoto foram enviadas nesta primeira leva:240 para Pernambuco100 para o Paraná90 para a Bahia90 para o Distrito Federale 60 para o Mato Grosso do Sul.Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e São Paulo, epicentro da crise, ficaram de fora da primeira remessa.De acordo com o Ministério da Saúde, o envio atende a pedidos locais de reforço e está sendo realizado em parceria com as secretarias estaduais de saúde.Também neste sábado, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a compra de mais de 12 mil unidades de etanol farmacêutico e 2,5 mil de fomepizol, outro medicamento usado contra intoxicações por metanol.Para agilizar o diagnóstico dos casos, a Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária (RNLVISA) mobilizou três unidades com estrutura para análises imediatas: o Lacen-DF, o Laboratório Municipal de São Paulo e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz).A Anvisa também mapeou 604 farmácias de manipulação em todo o país aptas a produzir etanol farmacêutico e garantir atendimento rápido a novas demandas. Em relação ao fomepizol, sete fornecedoras internacionais foram identificadas com capacidade de produção. Leia também São Paulo SP: veja quais cidades têm casos suspeitos de intoxicação por metanol São Paulo Intoxicação por metanol: mortes confirmadas têm origem em mesmo bairro Brasil Intoxicação por metanol: número de casos suspeitos sobe para 181 Mundo Crise de bebidas com metanol repercute na imprensa internacional Casos em alta e mortes em investigaçãoDe acordo com boletim atualizado até as 16h deste sábado (4/10), o ministério recebeu 195 notificações de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica. São 14 casos confirmados e 181 em investigação em todo o país.O estado de São Paulo concentra a maioria das ocorrências: 162 registros, sendo 14 confirmados e 148 sob apuração.Confira os locais, por estado, de cada notificação suspeita:4 imagensFechar modal.1 de 4Divulgação/ Ministério da Saúde2 de 4Divulgação/ Ministério da Saúde3 de 4Divulgação/ Ministério da Saúde4 de 4Divulgação/ Ministério da SaúdeO país já contabiliza 2 mortes confirmadas em São Paulo e outras 12 em investigação — sete em SP, três em Pernambuco, uma na Bahia e outra em Mato Grosso do Sul.Os estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Piauí também notificaram os primeiros casos suspeitos.