A Eletrobras (ELET6) chama atenção por figurar entre as ações mais “caras” do Ibovespa segundo o Índice de Força Relativa (IFR). A leitura mais recente coloca o ativo em 78,44 pontos, patamar considerado de sobrecompra — sinal de que, após forte valorização, pode estar perto de uma correção. No acumulado de 2025, os papéis sobem 53,17%, enquanto em 12 meses avançam 39,40%.Na ponta oposta, a Azzas (AZZA3) aparece como uma das ações mais “baratas” do índice, com IFR em 25,09, nível de sobrevenda que sugere possível desconto e oportunidade para investidores em busca de entrada. O desempenho, porém, é negativo: em 2025 a queda é de 7,74%, e no acumulado de 12 meses a desvalorização chega a 33,70%.Saiba mais: BBI eleva preço-alvo de Eletrobras (ELET6) e projeta “dividendos consistentes”E também: Mudança em liderança pode vir de (inesperada) aquisição – e criar ruído para a Azzas IFR: ações da bolsaO Índice de Força Relativa (IFR), um dos principais indicadores da análise técnica, mede a intensidade dos movimentos de preço em uma escala de 0 a 100. Acima de 70, o ativo é considerado sobrecomprado; abaixo de 30, sobrevendido. Na prática, isso significa que a Eletrobras pode estar em momento de euforia, enquanto a Azzas enfrenta pressão vendedora que pode abrir espaço para repiques de alta.Além delas, também estão entre as ações mais sobrecompradas Eletrobras (ELET3). CSN Mineração (CMIN3), Taesa (TAEE11) e Minerva (BEEF3).Já entre as mais pressionadas figuram SLC Agrícola (SCLE3), CVC (CVCB3), Braskem (BRKM5) e Vamos (VAMO3), que operam em níveis técnicos de maior fragilidade.Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo PazAnálise técnica Eletrobras (ELET6)A Eletrobras mantém trajetória fortemente positiva em 2025, acumulando valorização de 53,17% no ano e leve alta de 0,04% em outubro. O papel vem de uma sequência de semanas de alta, renovando topos e sustentado por fluxo comprador consistente. A ação registrou novo topo histórico na faixa de R$ 56,52, operando acima das médias móveis e confirmando a tendência primária de alta.O IFR (14) se encontra em níveis elevados, próximo da zona de sobrecompra, o que exige atenção a movimentos corretivos no curto prazo. Ainda assim, o viés segue positivo, com espaço para continuidade da alta se os próximos níveis de resistência forem superados.Suportes: R$ 54,48; R$ 53,54; R$ 52,00; R$ 50,48; R$ 47,14; R$ 44,76Resistências: R$ 56,52 (topo histórico); R$ 57,06; R$ 58,58; R$ 59,34; R$ 61,00Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo PazAnálise técnica Azzas (AZZA3)A Azzas acumula queda de 7,74% em 2025 e recua 9,49% em outubro, confirmando a pressão vendedora que sustenta a tendência de baixa. O ativo segue renovando mínimas, negociando abaixo das médias móveis e com IFR (14) em zona de sobrevenda. Esse quadro abre espaço para eventuais repiques de curtíssimo prazo, mas o movimento predominante ainda é de baixa.A estrutura gráfica mostra que, apesar da possibilidade de respiro técnico, o ativo permanece vulnerável a novas quedas enquanto não romper resistências relevantes.Resistências: R$ 29,76; R$ 30,87; R$ 33,17; R$ 35,21; R$ 38,49.Suportes: R$ 27,08; R$ 25,10; R$ 23,30; R$ 21,24; R$ 20,64.Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz(Rodrigo Paz é analista técnico)The post Eletrobras (ELET6) x Azzas (AZZA3): Por que as ações passam momentos opostos? appeared first on InfoMoney.