Lula quer imitar Bolsonaro durante a COP30, entenda

Wait 5 sec.

No início de novembro de 2025, Belém do Pará será palco da COP30, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas. Em meio à preparação para o evento, surge a notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende se hospedar em uma embarcação da Marinha brasileira. A escolha do líder brasileiro recai sobre o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, considerado o maior da América Latina. Essa decisão remete a uma estratégia adotada anteriormente e carrega consigo implicações simbólicas e práticas. As informações são do portal Metrópoles.O NAM Atlântico, que atracou em Belém no final de setembro, é uma embarcação de impressionantes 208 metros de comprimento e cerca de 20 mil toneladas. Comprado do Reino Unido em 2018, o navio é equipado para transportar uma tripulação de mais de mil militares, além de material bélico significativo, como veículos blindados e helicópteros. Neste contexto, o navio não só representa capacidade operacional, mas também uma presença imponente no evento climático, somando-se à segurança e à logística do encontro internacional.Por que Lula escolheu um navio de guerra para a COP30?Lula – Foto: © Marcelo Camargo/Agência BrasilAs motivações por trás da decisão de Lula ainda não foram integralmente esclarecidas, mas provavelmente estão relacionadas à segurança, à facilidade de locomoção e, de certa forma, à visibilidade que essa opção proporciona. A escolha por uma hospedagem não convencional durante um evento de tal magnitude pode gerar interesse sobre os planos e compromissos do governo brasileiro em relação à agenda ambiental global.Optar por se hospedar no NAM Atlântico durante a COP30 é uma decisão estratégica que pode ser motivada por diversos fatores. Primeiramente, a questão da segurança é primordial em eventos desse porte. Hospedar-se em uma embarcação militar permite um controle mais rigoroso sobre quem pode acessar as imediações, garantindo, assim, maior proteção ao chefe de Estado e à comitiva presidencial.A infraestrutura do navio de guerra também é um ponto de destaque. Com capacidade para abrigar uma quantidade expressiva de pessoas e equipamentos, o NAM Atlântico dispõe de uma logística que poucos locais em terra poderiam oferecer. Essa mobilidade pode ser determinante para a eficácia das operações durante o evento, permitindo ao presidente flexibilidade em seus compromissos e encontros bilaterais.Como a escolha de Lula se relaciona com Jair Bolsonaro?A prática comum de Jair Bolsonaro de se hospedar em organizações militares, como a Vila Naval ou instalações do Exército, estava alinhada a um discurso de proximidade e confiança nas Forças Armadas, das quais ele próprio é capitão reformado.Identidade Política: A escolha reforçava sua identidade como militar e a importância que ele dava à instituição, sendo um gesto simbólico de retorno à caserna.Segurança e Reserva: Hospedagens militares proporcionam um ambiente de máxima segurança e reserva, preferido por Bolsonaro, que frequentemente evitava o contato espontâneo com a imprensa tradicional.Corte de Gastos (Justificativa Secundária): Embora menos relevante do que a questão política e de segurança, a hospedagem militar também era frequentemente justificada como uma forma de evitar gastos com hotéis (no caso de viagens nacionais).Assim como Bolsonaro, Lula parece buscar nesta estratégia não apenas um reforço de segurança, mas também a potencial imagem de um Brasil que, além de protagonista nas discussões climáticas, detém capacidades operacionais e de resposta ágeis e eficazes.O que significa a hospedagem no NAM Atlântico para o Brasil?Lula – Foto: GloboPara o Brasil, a hospedagem do presidente em um navio militar pode ter várias implicações. Primeiramente, marca um posicionamento ostensivo do país em demonstrar suas capacidades tecnológicas e logísticas, mesmo em eventos dedicados a temas como as mudanças climáticas. Além disso, trata-se de um símbolo de auto-suficiência e controle, elementos que costumam ser bem-vistos na diplomacia internacional.O fato de o navio ser operado pela Marinha Brasileira com equipamentos das três Forças Armadas – Marinha, Exército e Força Aérea – reforça também a união e a interoperabilidade dos serviços militares nacionais. Essa unidade pode ser interpretada como uma declaração política e diplomática de que o Brasil está preparado para enfrentar desafios não só em âmbito ambiental, mas em diversas esferas estratégicas.Quais são as expectativas para a COP30?A expectativa é que Lula reforce compromissos ambientais ambiciosos e apresente políticas que envolvam um plano abrangente para reduzir emissões de carbono e propiciar uma transição justa em direção à energia limpa. Em um cenário global que constantemente demanda ações concretas, a participação do Brasil, especialmente liderada por Lula, é aguardada com interesse tanto por delegações estrangeiras quanto por observadores da sociedade civil.A escolha do navio de guerra como hospedagem pode ser emblemática, simbolizando a defesa não apenas territorial, mas também ambiental. Isso remete ao Horizonte 2025, plano que prevê, entre outros objetivos, a proteção da biodiversidade e a diminuição do desmatamento na Amazônia.Nós estamos fazendo muitos investimentos em Belém. Quando a COP30 terminar, as obras vão ficar. pic.twitter.com/OoGW4h00kQ— Lula (@LulaOficial) October 4, 2025 FAQ sobre Lula na COP30Por que o presidente Lula optou por se hospedar no NAM Atlântico e não em um hotel tradicional? A escolha reflete preocupações de segurança e logística, além de aproveitar a infraestrutura robusta e a capacidade de mobilidade que o navio proporciona durante um evento internacional.O que a presença do NAM Atlântico representa para a COP30? A presença do navio simboliza o poderio logístico e militar do Brasil e serve tanto para segurança quanto como um elemento de política externa, demonstrando a capacidade do país de conduzir operações de grande escala.O NAM Atlântico já foi utilizado em outras ocasiões diplomáticas? Sim, a embarcação tem sido utilizada em várias operações e exercícios das Forças Armadas Portuguesas, incluindo eventos que envolvem a colaboração internacional e a presença de chefes de Estado.Como a escolha de um navio de guerra impacta a percepção internacional do Brasil na COP30? A escolha projeta uma imagem de controle e preparação do Brasil. Subtende também um comprometimento do país em ter um papel ativo e assertivo nas discussões climáticas.O post Lula quer imitar Bolsonaro durante a COP30, entenda apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.