Há 16 anos, Bitcoin era precificado pela 1ª vez e US$ 1 comprava 1.309 BTC

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Em 5 outubro de 2009, um marco silencioso mudou a história das finanças digitais: pela primeira vez, o Bitcoin ganhou uma cotação oficial em dólar. Um usuário com o nome New Liberty Standard calculou que US$ 1 equivalia a 1.309,03 bitcoins, um valor simbólico, definido a partir do custo de eletricidade necessário para minerar a moeda. Naquele momento, o projeto criado por Satoshi Nakamoto ainda era visto como uma curiosidade de programadores e entusiastas da internet, sem qualquer pretensão de se tornar o fenômeno financeiro que viria a ser.16 anos depois, o cenário é irreconhecível. O Bitcoin se consolidou como o principal ativo digital do mundo, com valor de mercado que supera US$ 2,4 trilhões e cotação que já ultrapassou os US$ 125 mil como máxima histórica atual. A trajetória que separa aquele experimento de 2009 dos números atuais é uma mistura de avanços tecnológicos, crises, ciclos de euforia e amadurecimento institucional.16 years ago today you could buy 1,309 BTC for $1.This is the first recorded dollar valuation of Bitcoin, calculated by electricity cost to mine Bitcoin at the time.The people crazy enough to think they can change the world are the ones who do. pic.twitter.com/t1qW0NbFKn— Brian Armstrong (@brian_armstrong) October 5, 2025A evolução do Bitcoin em 16 anosNos primeiros anos, o Bitcoin circulava em fóruns e sites como o Slashdot e o Bitcointalk. O sistema de mineração, aberto e descentralizado, fascinava pela promessa de um dinheiro fora do controle de governos e bancos. Mas o interesse era limitado a um pequeno grupo de desenvolvedores e libertários digitais.Para chegar ao primeiro preço do bitcoin, a pessoa por trás da conta New Liberty Standard precisou criar uma metodologia própria. Em uma publicação no seu site pessoal — hoje fora do ar mas disponível para consulta no archive.org —, ele explicou os cálculos.“Minha taxa de câmbio foi calculada dividindo US$ 1 pela quantidade média de eletricidade necessária para operar um computador com um grande CPU por um ano, 1331,5 kWh, multiplicado pelo custo residencial médio de eletricidade nos Estados Unidos no ano anterior, US$ 0,1136, dividido por 12 meses dividido pelo número de bitcoins gerados pelo meu computador nos últimos 30 dias.”Em 2010, a primeira transação comercial de que se tem registro, a compra de duas pizzas por 10 mil BTC, o famoso Pizza Day, começou a mostrar na prática o que até ali era apenas teoria. Pouco depois, começaram a surgir as primeiras exchanges e calculadoras de preço.Até 2013, o mercado ainda era experimental e frágil. A moeda chegou a valer mais de US$ 1.000 naquele ano, impulsionada pela demanda em fóruns e pela especulação inicial, mas logo sofreu colapsos violentos. O episódio mais traumático veio em 2014, com a quebra da corretora japonesa Mt. Gox, responsável por mais de 70% das transações de Bitcoin do mundo. O desaparecimento de centenas de milhares de moedas abalou a confiança dos investidores e fez o preço despencar. Quase 10 anos depois, em 2022, a quebra da FTX também chocou o mundo cripto.A partir daí, porém, a rede sobreviveu e amadureceu. Novas plataformas, padrões de segurança mais rigorosos e uma comunidade global em expansão pavimentaram o caminho para o crescimento posterior. Nos anos seguintes, o Bitcoin passou a atrair fundos de investimento, grandes empresas e até governos. Sua narrativa evoluiu: de meio de pagamento digital para ativo de reserva de valor, comparável ao ouro, mas em formato digital.Hoje, a moeda é negociada em praticamente todos os países, tem ETFs aprovados em bolsas de valores e é estudada por bancos centrais. A capitalização de mercado supera a de gigantes corporativos, e milhões de pessoas utilizam o ativo como proteção contra inflação, desvalorização cambial e instabilidade política. A diferença entre US$ 1 comprar mais de mil bitcoins em 2009 e um único bitcoin valer mais de US$ 100 mil em 2025 ilustra a transformação radical do mercado. Mas também revela como a lógica de escassez e a confiança na tecnologia blockchain sustentaram um ciclo de adoção que parece longe do fim.Ainda assim, o Bitcoin continua sendo um ativo de contrastes. É exaltado como símbolo de liberdade financeira e criticado por sua volatilidade e consumo energético. Já sobreviveu a bolhas, proibições e ataques, e segue desafiando previsões. Se no início era calculado por um entusiasta com base no custo da eletricidade, hoje seu preço é determinado por bolsas globais, investidores institucionais e uma rede de milhões de pessoas. O que não mudou é a ideia central de seu criador: um dinheiro verdadeiramente descentralizado, livre de intermediários e resistente ao tempo, algo que, 16 anos depois, o Bitcoin ainda se esforça para provar.A maior Super Quarta da história do MB começou! Garanta o mês de outubro no positivo ou receba 100% do seu dinheiro de volta para compras de até R$ 10 mil em bitcoin. Oferta válida apenas para o dia 08/10 e com estoque limitado. Saiba mais!O post Há 16 anos, Bitcoin era precificado pela 1ª vez e US$ 1 comprava 1.309 BTC apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.