Estudantes do ensino médio, inclusive de cursos técnicos, têm acesso a uma nova plataforma gratuita de aprendizado em tecnologia, com cursos que oferecem certificado válido para currículo ou portfólio. O objetivo é aproximar os jovens de carreiras inovadoras e estimular interesse em áreas de engenharia e tecnologia em expansão no mercado.A plataforma Nativos do Futuro, criada pelo Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações) com apoio do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e financiamento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), reúne cursos de inteligência artificial, robótica, programação, cidades inteligentes e sustentabilidade. Segundo o vice-diretor do Inatel, Guilherme Marcondes, uma “curadoria científica e tecnologia define os temas a serem trabalhados”.O projeto aposta em um formato digital que combina videoaulas, podcasts e séries audiovisuais para democratizar a educação tecnológica no Brasil. Até o fim do ano, o portfólio terá 136 videoaulas, 168 ebooks, 84 episódios de TV e 40 podcasts, a maioria já está disponível, e alguns em fase final de edição. Leia mais MEC muda regras e PUC-Rio terá curso de medicina após 10 anos de espera RS tem queda de 18% na alfabetização depois de enchentes Fuvest faz simulado presencial da 1ª fase do vestibular em 19 de outubro Marcondes destaca que o interesse dos jovens por carreiras em engenharia e tecnologia tem diminuído, e que a plataforma busca reverter essa tendência. “A carreira em tecnologia é desafiadora, desenvolve múltiplas habilidades e abre portas para o mercado de trabalho atual e futuro.”Qualquer aluno com acesso à internet pode participar, pois todos os cursos são totalmente gratuitos, sem custos adicionais. A expectativa é “cadastrar dezenas de milhares de jovens até o fim de 2025”. “Atualmente, apenas 12% a 15% demonstram interesse por carreiras em tecnologia, em dois a três anos, o projeto pode atrair entre 15 mil a 20 mil novos jovens para essas áreas”, diz Marcondes.Além de conectividade, cidades inteligentes, machine learning e segurança cibernética, a plataforma oferece atividades práticas, olimpíadas tecnológicas e experiências audiovisuais para estimular a criatividade. O acesso é feito por computador, tablet ou celular, e versões offline estão previstas para alcançar estudantes de regiões com conectividade limitada.A eficácia da plataforma, diz Marcondes, será medida pelo número de usuários cadastrados, frequência de acesso e conteúdos mais procurados. O Inatel mantém contato com escolas, principalmente no Sudeste, para ampliar a divulgação, e a plataforma, ser incorporada por instituições na implementação do novo ensino médio.Todo o trabalho é realizado pela equipe interna do Inatel, mas parcerias com empresas de tecnologia não estão descartadas. Para Marcondes, o diferencial em relação a outros cursos online é a organização em trilhas de aprendizagem sugeridas, que facilitam a progressão do estudante.Confira cursos universitários que deixarão de existir em 20 anos, segundo IAs