Um homem foi preso suspeito de simular um assalto e matar a própria esposa, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná. O crime aconteceu no último dia 13 deste mês e a polícia realizou a prisão na última sexta-feira (26) em um hotel da cidade.Segundo o delegado Walcely de Almeida, no dia do crime, Jaqueline Rodrigues Pereira, de 37 anos, foi encontrada morta dentro de casa, vítima de um disparo de arma de fogo. No episódio, o suspeito, identificado Adriano Forgiarini, também estava ferido depois de ser atingido por um tiro – o qual a polícia descobriu, posteriormente, que teria sido efetuado pelo próprio homem.Segundo Walcely, a família da vítima afirmou que a mulher havia se curado de um câncer neste ano.Em um primeiro momento, a polícia foi acionada por um dos familiares de Adriano, que relatou a morte de Jaqueline e afirmou que indivíduos teriam entrado no imóvel do casal para furtar objetos. No local, a polícia encontrou os cômodos revirados, com as portas dos armários e dos guarda-roupas abertas.No entanto, durante as investigações, a polícia analisou o áudio e a imagem de uma das câmeras de segurança, recolheu depoimentos de testemunhas e familiares das vítimas e identificou que o assalto poderia se tratar de uma simulação. Leia Mais MPMG denuncia filho que confessou ter matado a própria mãe em BH Vídeo: jovem é atropelada por ex-namorado após terminar relacionamento Polícia investiga outras agressões à criança espancada por padrasto no RJ À CNN, o delegado afirmou que, na gravação, é possível escutar o barulho do primeiro tiro por volta das 5h22 da manhã. Cerca de dez minutos depois, a suspeita é de que Adriano tenha usado o celular da vítima para mandar uma mensagem se passando por ela em um grupo de família. O grupo no aplicativo de mensagens foi criado para planejar a festa de aniversário da mãe de Jaqueline.Aproximadamente uma hora depois do primeiro tiro, é possível escutar um segundo disparo na gravação – o qual a polícia suspeita de que tenha sido o momento em que Adriano tenha atirado em si mesmo.“Segundo a família, ela [Jaqueline] não tinha costume de enviar essas mensagens. […] No áudio da câmera também dá para ouvir um segundo disparo e, momentos depois, é possível ver a movimentação dentro da casa pelo reflexo da porta de vidro”, explicou Walcely.Feminicídio: quatro mulheres são assassinadas por dia no Brasil | CNN 360ºO delegado ressaltou que desde o início das investigações, as autoridades já desconfiavam do episódio.No entanto, Walcely pontua que o mesmo não aconteceu com a família de Jaqueline, que teria afirmado que a relação do casal era boa e não levantava suspeitas.A arma do crime foi encontrada posteriormente dentro do imóvel onde Jaqueline foi morta e o caso é tratado como feminicídio.