A sessão da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), desta quinta-feira (25), foi encerrada após discussão entre o deputado federal Delegado Caveira (PL-PA) e o advogado Cleber Lopes, que defende o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS“.Durante a tensão, o parlamentar e o defensor gritaram “cala boca” e desferiram insultos. A discussão começou após Caveira alegar que o advogado era “péssimo” e “pago com dinheiro de lobistas”.“Me disseram que era um ótimo advogado, pago com dinheiro de lobistas. […] Pra mim é um péssimo advogado, que só fez tumultuar essa [sessão]”, declarou o deputado. Leia Mais "Careca do INSS" reclama de apelido e diz não ser "personagem fictício" Paulinho da Força diz que votação sobre anistia não deve ocorrer na terça Líder do PL e Eduardo se encontram nos EUA e reafirmam defesa de anistia Cleber Lopes se defendeu e pediu que o parlamentar se “comportasse” e respeitasse a imunidade do defensor durante a sessão. “Eu também tenho imunidade, não há qualquer hierarquia entre advogado e deputado”, disse.O presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), interrompeu a discussão e solicitou que o deputado não direcionasse mais a palavra à defesa do “Careca do INSS” se quisesse concluir sua fala na sessão.“Por favor, não se direcione mais ao advogado”, declarou Viana. Após a confusão, o presidente suspendeu a sessão. Confira abaixo:https://admin.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2025/09/956-CPMI-ouve-depoimento-do-Careca-do-INSS-Parte-2-–-25_09_25-YouTube-Google-Chrome-2025-09-25-20-05-08.mp4Careca do INSSPrincipal alvo do colegiado, o “Careca do INSS” foi preso em 12 de setembro em operação da PF (Polícia Federal). Ele é investigado por operar o esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas.Antônio Carlos Camilo Antunes seria um intermediário dos sindicatos e associações responsáveis pelos descontos não autorizados. Ele é investigado por receber os recursos que eram debitados indevidamente e repassar parte deles a servidores do INSS ou familiares e empresas ligadas a eles.A comissão também já ouviu dois sócios de Antônio Carlos Camilo Antunes: Milton Salvador de Almeida Júnior e Rubens Oliveira Costa, que recebeu voz de prisão na segunda-feira (22).*Sob supervisão de Douglas Porto