Azul e Gol desistem de fusão; relembre história em 5 pontos

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Uma possível fusão entre Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) é assunto debatido há bem mais de um ano. O anúncio de encerramento de negociações para junção entre as áreas e do fim do acordo de codeshare assinado em maio de 2024 enterrou as expectativas de criação da empresa combinada. Relembre a história da possível fusão das companhias em 5 pontos: 1- Interesse da Azul na GolOs rumores de junção começaram ainda em março de 2024, com notícia da Bloomberg sobre potencial oferta da Azul para aquisição total da rival. Isso aconteceu logo após o pedido de Chapter 11 nos EUA, da Gol, no fim de janeiro. Na época, a aérea teve que lidar com US$ 2,7 bilhões em passivos de curto prazo e realizar mais de uma dezena de trocas de dívidas.Leia tambémAções da Azul e Gol disparam na Bolsa após fim de negociações sobre fusãoEmpresas também confirmaram a rescisão do acordo de codeshareGol e Azul encerram negociações de fusão e acordo de codeshare no BrasilCompanhias confirmaram ao mercado o encerramento das negociações e da parceria de compartilhamento de voos; bilhetes emitidos seguem válidosNa época, analistas explicaram que seria possível que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica, órgão antitruste) atuasse em relação às rotas que contam com sobreposição, em especial considerando que não é um mercado com muitos outros competidores. Assim, poderia ser necessário que a Azul vendesse alguma parte de operação da Gol nas rotas sobrepostas. É a mesma perspectiva apresentada pelo BBI, que considera que a autoridade antitruste seria favorável à aprovação do acordo sem grandes restrições.O interesse, na época, fez com que os papéis de ambas subissem. 2- Anúncio de Codeshare Na sequência, as companhias aéreas anunciaram um acordo de cooperação comercial que vai conectar as suas malhas aéreas no Brasil por meio de um codeshare. A parceria incluía as rotas domésticas exclusivas, ou seja, operadas por uma das duas empresas e não a outra.O acordo envolvia também os programas de fidelidade, permitindo que membros do Azul Fidelidade e do Smiles acumulem pontos ou milhas no programa de sua escolha ao comprar os trechos inclusos no codeshare.3- Azul “arruma a casa”Em outubro de 2024, a Azul comunicou ao mercado que chegou a acordos comerciais com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais (OEMs) que detêm cerca de 92% do instrumento de patrimônio emitido no ano passado. O acordo prevê que os donos dos aviões concordaram em reduzir a fatia na conversão das obrigações em ações em cerca de R$ 3 bilhões, trocando por até 100 milhões de ações preferenciais.Isso teria, de acordo com o jornal Valor Econômico, deixado o acordo entre as companhias ainda mais próximo.4- Assinatura de memorando de entendimentosO processo de fusão, em si, teve início em janeiro, quando Abra, controladora da Gol, e a Azul assinaram um memorando de entendimentos. Segundo a Abra, apesar da sinalização inicial, as conversas não avançaram devido ao foco da Azul em seu processo de Chapter 11 nos Estados Unidos. A holding destacou que “as partes não tiveram discussões significativas ou progrediram em uma possível operação de combinação de negócios por vários meses”.5- Fim de negociações e codeshareComo último ponto, as companhias aéreas anunciaram na noite de quinta-feira (25) o fim das negociações para uma possível fusão. Em comunicados ao mercado, as empresas também confirmaram a rescisão do acordo de codeshare, assinado em maio de 2024 para integrar suas malhas aéreas no Brasil.Como forma de afirmar compromisso com clientes, a Gol disse que honrará os bilhetes emitidos dentro da parceria. A Azul também confirmou que manterá válidas todas as passagens já comercializadas.The post Azul e Gol desistem de fusão; relembre história em 5 pontos appeared first on InfoMoney.