Vale ter BB Seguridade (BBSE3) na carteira? BTG não vê gatilhos relevantes no curto prazo

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O BTG Pactual não vê gatilhos relevantes no curto prazo para BB Seguridade (BBSE3), como a renovação do contrato de distribuição com o Banco do Brasil (BBAS3). A casa mantém recomendação neutra para as ações, com preço-alvo em R$ 41, o que implica uma potencial valorização de 26% com base na cotação do último fechamento.Segundo o banco, após reunião com investidores em São Paulo, a gestão do BB Seguridade mostrou confiança em 2025. A expectativa é de que o ambiente de juros ainda elevados siga sustentando os resultados financeiros, enquanto a performance operacional deve permanecer sólida, apesar das dificuldades enfrentadas pelo agronegócio.O diretor financeiro (CFO) explicou que a recente deterioração no crédito rural tem mais relação com o endividamento excessivo durante o período de preços altos na pandemia do que com eventos climáticos.VEJA TAMBÉM: Ações para comprar ou vender após decisões de juros no Brasil e nos EUA; confira o novo episódio do Money Picks no YoutubeAlém disso, o programa governamental de R$ 12 bilhões, previsto na MP 1.314, deve ajudar o Banco do Brasil a gerir riscos, trazendo reflexos indiretos positivos para a BB Seguridade ao estimular novos negócios.Já para 2026, o cenário se mostra mais desafiador. O BTG avalia que a esperada queda da Selic e a redução do diferencial entre índices de inflação devem pressionar os resultados. Ainda assim, a empresa vê espaço para mitigar esse impacto com a expansão de seguros ligados a capital de giro, investimentos e financiamento agrícola.No segmento de previdência, a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) afetou as contribuições, mas a companhia aposta em estratégias de incentivo a planos com pagamentos periódicos e na diversificação da base de clientes.Quanto à concorrência das cooperativas no seguro rural, favorecida pela Lei Complementar 213, a BB Seguridade destacou que barreiras de escala e a complexidade técnica do setor funcionam como fatores de proteção.Apesar das pressões recentes, a gestão reforçou sua visão positiva de longo prazo, destacando o potencial de crescimento do seguro rural — que atualmente cobre apenas 7% da área plantada — e a perspectiva de recuperação do fluxo de caixa dos produtores com a normalização climática.