Polícia investiga ex-professor de universidade gaúcha por crimes sexuais

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga um advogado e ex-professor de Direito suspeito de praticar crimes sexuais em Porto Alegre. O inquérito corre sob sigilo e apura a prática de estupro de vulnerável.O número de vítimas dos crimes — pelos quais Conrado Paulino da Rosa é suspeito — não foi divulgado até o momento. Segundo a polícia, “todas as diligências necessárias para a elucidação dos fatos estão sendo rapidamente providenciadas”.Ainda neste mês, Conrado foi desligado da FMP (Fundação Escola Superior do Ministério Público), instituição onde lecionava.A OAB/RS (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul) afirmou que abriu um processo ético-disciplinar para apurar os fatos e manifestou “profunda preocupação”. Leia Mais Motorista de aplicativo é preso por estupro de vulnerável em SP Professor de inglês de escola particular é preso por estupro em Belém Brasileiro condenado a 56 anos por crimes sexuais é preso no Paraguai Em nota divulgada na última sexta-feira (19), a instituição onde Conrado lecionou informou que o desligamento dele “foi decidido em caráter administrativo, conforme previsto no regimento interno da FMP, sem a realização de juízo antecipado sobre eventuais responsabilidades relacionadas a fatos externos” à universidade.Nas redes sociais, o advogado e disse que confia que “a verdade dos fatos se sobressairá”. Além disso, o investigado disse que repudia “qualquer forma de violência contra a mulher”.Leia na íntegra a nota divulgada por Conrado Paulino da Rosa“Quem conhece minha trajetória de décadas, sabe do respeito que possuo pela minha profissão e como conduzo minha vida pessoal. Confio que, com a apuração completa, após a minha oitiva e de minhas testemunhas, e a análise da documentação que será apresentada, a verdade dos fatos se sobressairá. Confio no trabalho das Autoridades, pessoas técnicas e idôneas, mas ao menos por ora respeitarei o sigilo da investigação e evitarei qualquer outra forma de exposição desnecessária. O Dr. Paulo Fayet, profissional em quem confio e agradeço, já foi constituído e está adotando todas as providências necessárias. Por fim, não se pode esquecer que investigação não equivale à condenação. Muito menos enquanto ainda não formalizado o contraditório e ampla defesa, de sorte a ferir também a ampla presunção de inocência. Repudio qualquer forma de violência contra a mulher e é indispensável que haja responsabilidade na divulgação de informações sigilosas sem autorização.”Crimes sexuais cometidos pela internet crescem mais de 1.250% no RJ | AGORA CNNLeia na íntegra a nota da FMP“A Fundação Escola Superior do Ministério Público – FMP informa que o professor Conrado Paulino da Rosa não integra mais o corpo docente da Instituição. O desligamento foi decidido em caráter administrativo, conforme previsto no regimento interno da FMP, sem a realização de juízo antecipado sobre eventuais responsabilidades relacionadas a fatos externos à Instituição. A FMP reitera seu compromisso inegociável com a ética, a transparência e, sobretudo, com a promoção de um ambiente acadêmico seguro, inclusivo e respeitoso para todas as pessoas. Reafirmamos, de forma categórica, nossa posição contrária a qualquer forma de violência, em especial a violência contra as mulheres, e nosso apoio a todas as iniciativas que promovam a equidade de gênero e os direitos humanos. Com 41 anos de atuação na formação de profissionais comprometidos com a justiça e a cidadania, a FMP seguirá fiel aos seus princípios institucionais e ao respeito à dignidade humana.”Leia na íntegra a nota divulgada pela OAB/RS“A OAB/RS tomou conhecimento pela imprensa na manhã desta sexta-feira, dia 19/9, de fatos gravíssimos envolvendo advogado gaúcho acusado da prática de crimes contra mulheres. A Diretoria da Entidade decidiu abrir, de ofício, processo ético-disciplinar no Tribunal de Ética e Disciplina para apuração dos fatos e responsabilização, se comprovadas as alegações, assim como análise de eventual suspensão preventiva, garantido o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal. A OAB remeteu ofício à delegacia responsável pela investigação solicitando cópia do inquérito policial a fim de instruir o processo instaurado no âmbito da Entidade e também para que seja avaliada a possibilidade de serem tomadas outras medidas após a análise do material constante do inquérito. A Ordem manifesta profunda preocupação com os fatos, reitera seu compromisso de atuar contra qualquer espécie de violência e reafirma a garantia, a qualquer acusado, do devido processo legal.”