Compre Gerdau (GGBR4) e venda Ibovespa com estratégia sofisticada, recomenda Itaú BBA; entenda

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A queda de 8% das ações da Gerdau (GGBR4) no ano, ao mesmo tempo em que o Ibovespa sobe mais de 20% no acumulado de 2025, abriu uma oportunidade de trade na bolsa, de acordo com o Itaú BBA.Em relatório, os analistas lançaram uma recomendação que combina a aposta na alta de Gerdau (GGBR4) e, ao mesmo tempo, na baixa do principal índice da bolsa brasileira. Essa operação é conhecida como long/short.A visão positiva do Itaú BBA para a Gerdau se baseia em uma combinação de valuation atrativo, melhorias operacionais esperadas e um importante catalisador no curto prazo.VEJA TAMBÉM: Ações para comprar ou vender após decisões de juros no Brasil e nos EUA; confira o novo episódio do Money Picks no YoutubeO que é a operação “Long/Short”?Antes de detalhar os motivos da aposta, é fundamental entender a estratégia. Uma operação “long/short” é um tipo de investimento que busca lucrar com o desempenho relativo entre dois ativos.Estar “Long” (comprado): Significa comprar uma ação esperando que seu preço suba. É a forma mais comum de investir: comprar barato para vender caro. No caso, o Itaú BBA está “long” em Gerdau.Estar “Short” (vendido): Significa “apostar na queda” de um ativo. O investidor aluga uma ação ou contrato de índice, vende no mercado pelo preço atual, e espera que o preço caia para recomprá-lo mais barato e devolvê-lo ao dono original. O lucro é a diferença entre o preço de venda e o de recompra. Aqui, o banco está “short” no Ibovespa.Ao combinar as duas pontas, o investidor não aposta necessariamente que a bolsa vai cair, mas sim que a Gerdau terá um desempenho melhor do que o Ibovespa. Se os papéis da siderúrgica subirem mais que o índice, ou se caírem menos, a operação tende a ser lucrativa.Por que apostar na Gerdau (GGBR4) agora?Os analistas do Itaú BBA apontam três pilares principais para sua recomendação otimista:Valuation Atrativo: O banco calcula um potencial de valorização de 37% para as ações da Gerdau, com um preço-alvo de R$ 23,00 para o final de 2026, em comparação com o preço atual de R$ 16,74. Além disso, a empresa negocia a um múltiplo considerado baixo (EV/EBITDA de 3,6x para 2026).Recuperação e Geração de Caixa em 2026: A expectativa é de uma recuperação nas margens de lucro no Brasil para cerca de 15% em 2026 (contra 12% em 2025). Isso, somado a uma redução nos investimentos (capex), deve impulsionar a geração de fluxo de caixa livre (FCF), com um rendimento esperado de aproximadamente 10%. O FCF previsto para 2026 pode chegar a R$ 3,4 bilhões.Catalisadores à Vista: O “Gerdau Day”, evento com investidores marcado para 1º de outubro, pode ser um gatilho para a valorização das ações. Nele, a empresa deve fornecer mais detalhes sobre seu novo projeto de mineração. Ele tem início previsto para o último trimestre de 2025 e promete reduzir significativamente os custos de produção de minério de ferro. O mercado também aguarda novidades sobre a divisão de energia e o capex para 2026.A diversificação geográfica da Gerdau, com uma contribuição significativa das operações nos Estados Unidos, também é vista como um ponto forte. Especialmente diante do cenário desafiador para o setor siderúrgico no Brasil.Quais são os riscos?O próprio relatório alerta para alguns riscos que poderiam prejudicar a estratégia. Um sentimento de maior otimismo com o mercado brasileiro (“risk-on”) poderia fazer com que investidores prefiram outros setores em detrimento de commodities. Desta forma, a Gerdau pode ter um desempenho pior.Além disso, uma valorização do real frente ao dólar seria negativa, já que reduziria o valor em reais dos resultados da operação da Gerdau nos EUA. Além disso, aumentaria a pressão sobre os preços domésticos em razão da maior competitividade dos produtos importados.SAIBA MAIS: Descubra o que os especialistas do BTG estão indicando agora: O Money Times reuniu os principais relatórios em uma curadoria gratuita para você