FBI demite agentes que ajoelharam em protestos após morte de George Floyd

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O FBI demitiu um grupo de agentes que foram fotografados ajoelhados na rua em uma tentativa de aliviar as tensões durante um protesto por justiça racial em Washington, em 2020.A foto foi tirada após o assassinato de George Floyd pela polícia em Minneapolis, disseram três pessoas familiarizadas com o assunto na sexta-feira (26).As dispensas ocorreram em meio a uma onda de demissões dentro da agência desde que Kash Patel, um apoiador do presidente Donald Trump, foi confirmado em fevereiro pelo Senado, controlado pelos republicanos, para liderar o FBI. Não ficou claro exatamente quantos agentes do FBI foram demitidos.A Associação de Agentes do FBI emitiu uma declaração na sexta-feira (26) dizendo que “condena veementemente a demissão ilegal de mais de uma dúzia de agentes especiais”, mas não mencionou o que pode ter causado as demissões. Após ex-diretor do FBI, Trump diz que outros oponentes serão acusados Ataque a tiros contra escritório de imigração deixa um morto nos EUA O que é Antifa, movimento que Trump classificou como terrorista As três fontes, que falaram à agência de notícias Reuters sob condição de anonimato, estimaram o número de demissões entre 15 e 22 funcionários, incluindo agentes que foram duramente criticados por comentaristas de direita por se ajoelharem durante a manifestação.Os agentes em questão, retratados em fotos e vídeos do caso, não estavam ajoelhados em uma demonstração de simpatia pelo movimento Black Lives Matter, como os críticos sugeriram, mas fizeram o gesto para aliviar as tensões entre os manifestantes e as autoridades, disseram as fontes.Algumas medidas de controle de multidões empregadas durante os protestos foram mais agressivas. Policiais dispararam gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar manifestantes perto da Casa Branca, antes de Trump, que cumpria seu primeiro mandato como presidente, atravessar a Praça Lafayette até uma igreja próxima.No início deste mês, o ex-diretor interino do FBI, Brian Driscoll, e dois outros ex-funcionários que foram demitidos sem justa causa em agosto processaram o governo Trump, alegando que foram dispensados em uma “campanha de retaliação” que tinha como alvo autoridades consideradas desleais.O processo alega que Kash Patel disse que recebeu ordens de demitir qualquer pessoa que tivesse trabalhado em uma investigação criminal contra Trump e que seu próprio emprego dependia dessas demissões.“O FBI tentou colocar o presidente na prisão, e ele não se esqueceu disso”, disse Patel a Driscoll, de acordo com o processo.