Veja em quanto pode aumentar o salário dos servidores do Judiciário

Wait 5 sec.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei que prevê o reajuste da remuneração de servidores do Poder Judiciário.O texto é assinado em conjunto com outros presidentes de tribunais e defende a proposta de recomposição salarial dos servidores do Judiciário da União em parcelas escalonadas. O documento não prevê reajuste para ministros do STF, que já recebem o teto do funcionalismo público. Leia também Paulo Cappelli STF envia projeto ao Congresso para reajustar salários do Judiciário Tácio Lorran Careca do INSS recorre ao STF para não ver “carrões” perderem valor Brasil Barroso se despede da presidência do STF e exalta democracia De acordo com o texto, a defasagem salarial acumulada chegou a 24,21% até julho de 2025 e pode atingir 31,36% em 2026, mesmo após reajustes anteriores. O documento cita que o último reajuste relevante foi implementado entre 2016 e 2019 e que, depois, houve recomposição parcial em 2023, considerada insuficiente.O reajuste seria aplicado de maneira escalonada: 8% em 2026, 8% em 2027 e 8% em 2028, sempre a partir de 1° de julho.“A evasão de profissionais do Poder Judiciário da União tem ocorrido tanto para outros órgãos e entidades do setor público, cujas carreiras são mais reconhecidas e valorizadas, quanto para a iniciativa privada, em especial no caso de profissionais de áreas como Direito e Tecnologia da Informação, cujos perfis são altamente demandados e valorizados no mercado”, escreveu Barroso.O documento é assinado em 18 de setembro pelo ministro, além da ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Herman Benjamin, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ); Aloysio Corrêa da Veiga, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST); Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar (STM); e Waldir Leôncio Júnior, presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Também assina o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidido por Barroso.O projeto agora precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados e, em seguida, pelo Senado Federal. Caso seja aprovado, segue para sanção presidencial.