J.K. Rowling critica Emma Watson: “Pouca experiência com a vida real”

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A escritora britânica J.K. Rowling, 60, voltou a se manifestar sobre seu desentendimento público com Emma Watson, 35, a eterna Hermione da saga “Harry Potter”.Em longo comunicado publicado nesta segunda-feira (29), a criadora dos livros que deram origem aos filmes acusou a atriz de ser “ignorante quanto à própria ignorância” e de ter jogado lenha na fogueira dos comentários de ódio que ela afirma receber desde que passou a criticar políticas de inclusão de pessoas trans.J.K. também rebateu a recente fala de Emma, que disse “ainda nutrir afeição” pela autora, apesar das diferenças ideológicas. A escritora disse acreditar que a declaração foi um gesto hipócrita, uma tentativa de mudar de postura depois de perceber que o “cancelamento” dela já não é tão popular quanto em anos anteriores. Leia mais Jennifer Lopez abre o jogo sobre divórcio de Ben Affleck: "Melhor coisa" Ariana Grande critica eleitores de Donald Trump: "Sofrimento generalizado" Bad Bunny fará o show do intervalo do Super Bowl 2026 “Emma Watson e seus colegas têm todo o direito de abraçar a ideologia da identidade de gênero. Essas crenças são protegidas por lei e eu não gostaria de ver nenhum deles ameaçado com perda de trabalho, violência ou morte por causa disso. No entanto, Emma e Dan [Daniel Radcliffe, intérprete de Harry Potter], particularmente, deixaram claro nos últimos anos que acreditam que nossa antiga parceria profissional lhes dá o direito – ou melhor, o dever – de me criticar em público. Anos depois de terminarem de atuar em Harry Potter, continuam a assumir o papel de porta-vozes extraoficiais do mundo que criei”, disparou.Na crítica mais dura já feita a Emma, J.K. acusou a atriz de viver em uma “bolha de privilégios”.“Eu não era milionária aos 14 anos. Vivi na pobreza enquanto escrevia o livro que tornou Emma famosa. Por isso entendo, pela minha experiência pessoal, o que significa, para mulheres e meninas sem os privilégios dela, o desmonte dos direitos femininos que Emma apoia com tanto entusiasmo”, acrescentou.“Como outras pessoas que nunca conheceram a vida adulta sem a proteção da riqueza e da fama, Emma tem tão pouca experiência concreta com a vida real que é ignorante sobre a própria ignorância. Ela nunca vai precisar de um abrigo para pessoas em situação de rua. Nunca será internada em uma enfermaria pública mista. Eu ficaria surpresa se ela tivesse entrado em um provador de loja popular desde a infância. O ‘banheiro público’ dela é de uso individual, com um segurança na porta. Já teve de se despir em um vestiário de piscina municipal, que agora é misto? Alguma vez precisará de um centro de apoio a vítimas de estupro que não garanta atendimento exclusivo feminino? Ou dividir uma cela com um estuprador que se declarou mulher?”A autora concluiu dizendo que só decidiu se manifestar após a estrela ter afirmado que “nutre afeição por ela”.“O maior paradoxo aqui é que, se Emma não tivesse declarado em sua entrevista mais recente que me ama e nutre afeição por mim – mudança de posicionamento que suspeito ter adotado porque notou que meu cancelamento já não é tão popular como antes –, talvez eu nunca tivesse sido tão honesta. Adultos não podem se alinhar a um movimento ativista que regularmente pede o assassinato de uma amiga e, ao mesmo tempo, reivindicar o direito ao amor dessa amiga como se ela fosse sua mãe. Emma tem todo o direito de discordar de mim e de falar em público sobre seus sentimentos, mas eu também tenho esse direito, e finalmente decidi exercê-lo”, acrescentou a escritora.Pedro Pascal sobre J.K. Rowling em meio polêmica: “Horrível e nojenta”