O presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana (Podemos-MG) decretou a prisão em flagrante do presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes, na madrugada desta terça-feira (30/9).O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.A manifestação segue uma série de pedidos de parlamentares para a detenção em flagrante por inconsistências no depoimento do sindicalista, que se estendeu por mais de sete horas no Senado Federal. Trata-se da segunda prisão decretada por Viana na esfera da CPMI que investiga descontos ilegais em aposentadorias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).A prisão por pedida por ao menos três parlamentares em momentos diferentes. Primeiro, o vice-presidente, Duarte Jr. (PSB-MA), pediu a detenção por desacato, depois, Marcel van Hattem (Novo-RS) e o senador Magno Malta (PL-ES) pediram a prisão por mentir durante o depoimento.