Um novo acordo de paz proposto pelos Estados Unidos para a Faixa de Gaza apresenta, pela primeira vez, a possibilidade de anistia para membros do Hamas que abandonarem as armas e se comprometerem com a paz na região. Ana Carolina Marson, professora de Relações Internacionais da FESPSP, explicou o destalhes do acordo no CNN Prime Time.O plano se diferencia das propostas anteriores ao incluir dois elementos inéditos: além da anistia condicional para integrantes do Hamas, prevê a criação de um governo de transição para Gaza, que seria supervisionado por um Conselho da Paz, líderado pelos EUA. Esta última medida surge em um contexto de crescente reconhecimento internacional de Gaza como Estado. Leia Mais: Trump apresenta cessar-fogo e retoma "plano econômico" para Gaza Líderes europeus apoiam plano de Trump para acabar com guerra em Gaza Autoridades de Catar e Egito enviaram plano dos EUA ao Hamas, diz fonte Segundo a porfessora, a viabilidade do acordo enfrenta importantes obstáculos. O Hamas não participou das negociações e só teve acesso aos termos do acordo por intermédio do Catar. Além disso, as condições propostas podem não atender às demandas do grupo, que tradicionalmente opera fora dos limites convencionais de negociações estatais.O histórico de tentativas anteriores de cessar-fogo também levanta questionamentos sobre a efetividade do acordo. Israel já abandonou propostas prévias de trégua, e as declarações tanto dos Estados Unidos quanto de Israel indicam que, caso o Hamas não aceite os termos estabelecidos, Israel teria autorização para prosseguir com suas operações militares na região.A proposta surge em um momento de crescente pressão internacional, especialmente após manifestações na Assembleia Geral da ONU, onde diversos países expressaram apoio ao reconhecimento de Gaza como Estado. Embora o acordo não aborde diretamente a solução de dois Estados, representa uma mudança significativa na abordagem das negociações de paz para a região. Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.