Na corrida espacial por Marte, a China pode superar os EUA

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E se as primeiras rochas marcianas a chegarem à Terra não fossem recebidas em Houston, mas em Pequim? Esse cenário, antes improvável, ganha força diante do impasse da missão Mars Sample Return (MSR), liderada pelos EUA, e do avanço da missão chinesa Tianwen-3, como explica o Live Science. Enquanto a NASA enfrenta atrasos e custos acima de US$ 11 bilhões, com retorno projetado apenas entre 2035 e 2039, a China planeja lançar em 2028 e trazer cerca de 500 gramas de material de Marte já em 2031.Missão americana trava em custos bilionários, enquanto Pequim avança com cronograma mais ágil e eficiente – Imagem: OnePixelStudio/ShutterstockAvanço chinêsO projeto chinês aposta em um desenho mais direto, inspirado em missões lunares bem-sucedidas como a Chang’e-5 (2020) e a Chang’e-6 (2024).Se concretizada, Pequim conquistará um dos maiores prêmios da ciência planetária anos antes dos EUA.Para o astrônomo Chris Impey (Universidade do Arizona), “a NASA está presa ao plano que tem” e dificilmente conseguirá acelerar o cronograma, mesmo com novos aportes.Gerard van Belle (Observatório Lowell) ressalta que, além da ciência, está em jogo o simbolismo geopolítico de ser o primeiro a trazer amostras marcianas — um possível “novo momento Sputnik”.Leia Mais:Elon Musk detalha planos da Starship para colonizar Marte em 30 anosCrise? Satélite da Starlink sobrevoa base aérea secreta na ChinaNASA promete vencer China em nova corrida espacialNASA enfrenta problemas de cronograma e pode ser superada pela missão espacial chinesa – Imagem: Tada Images/ShutterstockCiência, geopolítica e risco de cortesAs recompensas científicas são imensas: análises em laboratórios terrestres poderiam identificar compostos orgânicos, sondar rochas em escala atômica e até detectar sinais de vida fossilizada.Mas cada missão trará apenas um conjunto limitado de amostras, tornando fundamental que os dois programas avancem de forma complementar.A pressão política agrava o quadro americano. A Casa Branca propôs cortes históricos no orçamento da NASA, que podem comprometer não só o MSR, mas também outras sondas e observatórios. “Se esses cortes se confirmarem, o retorno de amostras liderado pelos EUA ficará fora de alcance por décadas”, alerta Impey.Amostras de Marte podem pousar primeiro na China, não nos EUA (Imagem: Merlin74/Shutterstock)O post Na corrida espacial por Marte, a China pode superar os EUA apareceu primeiro em Olhar Digital.