Nova fase: Electronic Arts (EA) é comprada por US$ 55 bilhões

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A fabricante de videogames Electronic Arts (EA) inicia uma nova etapa. Dona de títulos como The Sims, Battlefield, Need for Speed e EA Sports FC (antigo Fifa), a companhia foi comprada por um consórcio de investidores privados formado pelo fundo soberano da Arábia Saudita (PIF), a gestora Silver Lake e a Affinity Partners, de Jared Kushner — conselheiro e genro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.CONFIRA: Está em dúvida sobre onde aplicar o seu dinheiro? O Money Times mostra os ativos favoritos das principais instituições financeiras do país; acesse gratuitamenteO valor da transação chega a US$ 55 bilhões (quase R$ 300 bilhões), tornando-se a maior aquisição alavancada já registrada, superando a compra da TXU em 2007, de US$ 45 bilhões.Prêmio aos acionistasO consórcio pagará US$ 210 por ação, um prêmio de 25% sobre a cotação anterior ao vazamento das negociações. Após a conclusão, a EA deixará de ser companhia de capital aberto.A notícia movimentou o mercado: as ações da empresa subiram 5,2% nesta segunda-feira (29). Antes do anúncio, os papéis já acumulavam alta de 15% em 2025, impulsionados pela expectativa do lançamento de Battlefield 6, marcado para 10 de outubro. Rivais como Take-Two e Roblox também avançaram no embalo.Estrutura da transaçãoO acordo será financiado com US$ 36 bilhões em capital próprio e US$ 20 bilhões em dívida garantida pelo JPMorgan Chase. Há ainda multa de US$ 1 bilhão em caso de desistência.Andrew Wilson, atual CEO, permanecerá à frente da companhia, que segue baseada em Redwood City, Califórnia.Indústria pressionadaFundada em 1982, a EA se consolidou como uma das maiores produtoras independentes de games do mundo. Hoje, no entanto, o mercado global de US$ 178 bilhões cresce em ritmo mais lento que o visto na pandemia, com jogadores cada vez mais atraídos por franquias gratuitas com atualizações contínuas em vez de novos títulos que podem custar até US$ 80 (R$ 430).Nos últimos anos, a empresa adotou medidas de contenção, incluindo demissões e busca por novos vetores de crescimento. Agora, o consórcio assume o comando para apertar o “start” em uma nova fase.Para Wilson, o acordo é um marco para a equipe: “Este momento é um poderoso reconhecimento do trabalho notável deles”, afirmou o executivo.