Dólar cai a R$ 5,32 com risco de paralisação do governo dos EUA

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O dólar iniciou a sessão em alta, mas inverteu o sinal e perdeu força em dia agitado por dados no Brasil, risco de paralisação do governo dos Estados Unidos e questões geopolíticas.Nesta segunda-feira (29), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3223, com queda de 0,30%. Durante a sessão, a divisa chegou a ser cotada a R$ 5,30. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "USDBRL", "USDBRL" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "ea49fc9"} ); O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,21%, aos 97,940 pontos.LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-seO que mexeu com o dólar hoje?As atenções dos investidores foram divididas entre novos dados econômicos no Brasil, falas de diretores do Banco Central (BC), redução das projeções para inflação e cenário fiscal.Em destaque, o Brasil abriu 147.358 vagas formais de trabalho em agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.O saldo de agosto deste ano foi o pior para o mês em toda a série histórica do Novo Caged, que contabiliza dados desde 2020. No mesmo mês em 2024, foram criados 239.069 postos de trabalho.Já no acumulado do ano, o saldo positivo ficou em 1.501.930, menor do que o mesmo período em 2024, que contabilizou abertura de 1.742.664 vagas.Na avaliação do banco BMG, o dado confirma que o processo de desaceleração da atividade econômica em curso começa a mostrar seus primeiros sinais sobre o mercado de trabalho.“Entretanto, acreditamos que a taxa de desemprego ficará baixa por mais algum tempo, reforçando a visão de que o setor segue com pouca ociosidade, ainda que esse cenário tenha melhorado marginalmente no mês passado”, disse o economista-chefe Flávio Serrano.Para a InvestSmart XP, o Caged já apresenta o segundo mês consecutivo de “surpresa negativa”, o que reforça as expectativas de que o Banco Central deve iniciar o corte de juros durante o primeiro trimestre de 2026.O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou que o governo continuará a perseguir as metas fiscais estabelecidas, tanto para 2025 quanto para 2026.“A meta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) está sendo perseguida com todo o esforço”, afirmou Haddad. “Para 2026 vai ser igual”, acrescentou, durante a Conferência Itaú Macro Vision, realizada em São Paulo nesta segunda-feira (29).LEIA MAIS EM: Haddad reitera busca de metas fiscais e diz que governo não faz ajuste vendendo patrimônioOs investidores também reagiram a novas declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. O dirigente descartou mudanças na abordagem atual do BC em relação às reservas cambiais e ao estoque de swaps, reforçando que o câmbio no Brasil é flutuante e que a instituição atua para corrigir disfuncionalidades.“Não há nenhum objetivo ou preocupação no sentido de recomposição de reservas ou mudanças em swaps”, disse Galípolo durante participação em evento, em São Paulo.Segundo ele, o BC tem reservas robustas para responder a qualquer disfuncionalidade no mercado de câmbio.Já no exterior, as movimentações dos Estados Unidos concentraram os holofotes.Na expectativa pelo relatório oficial de empregos, o payroll, de setembro, os investidores seguiram precificando um novo corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).Perto do fechamento, os agentes financeiros precificavam 89,3% de chance de o BC norte-americano reduzir os juros em 0,25 ponto percentual na próxima decisão, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group. Na última sexta-feira (26), a probabilidade era de 87,7%. Hoje, os juros estão na faixa de 4,00% a 4,25%.Além disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou um plano para encerrar o conflito na Faixa de Gaza.O mercado também ficou atento a possível paralisação (shutdown, em inglês) do governo norte-americano. Trump planeja uma reunião com líderes democratas e republicanos do Congresso para evitar o shutdown até a noite de amanhã (30).