O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira, durante encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, que apoia integralmente o plano apresentado por Washington para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. Netanyahu classificou Trump como “o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca” e afirmou que a proposta norte-americana representa um passo crítico para pôr fim ao conflito e avançar na construção da paz no Oriente Médio.Segundo o premiê israelense, o plano contempla cinco princípios defendidos por seu governo: a libertação imediata de todos os reféns, o desarmamento do Hamas, a desmilitarização de Gaza, a manutenção da responsabilidade de segurança por parte de Israel e a criação de uma administração civil pacífica, que não estaria sob comando nem do Hamas nem da Autoridade Palestina. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp “O Hamas será desarmado, Gaza será desmilitarizada e Israel continuará responsável pela segurança, inclusive no perímetro, no futuro próximo”, afirmou. Ele ressaltou que, caso o grupo palestino aceite o plano, os reféns poderão ser libertados em até 72 horas e um corpo internacional passaria a coordenar a desmilitarização da região. Netanyahu também destacou a cooperação militar recente entre EUA e Israel contra o programa de mísseis do Irã e elogiou a decisão de Trump de enviar bombardeiros B-2 à região, medida que, segundo ele, “tornou o mundo mais seguro”.O premiê rejeitou a possibilidade de reconhecimento de um Estado palestino neste momento, afirmando que isso equivaleria a “recompensar o terrorismo após os ataques de 7 de outubro”. Ele reforçou que mudanças profundas seriam necessárias para que a Autoridade Palestina tivesse algum papel futuro em Gaza. Netanyahu concluiu dizendo que vê a proposta como uma oportunidade de revitalizar os Acordos de Abraão e ampliar a normalização entre Israel e países árabes e muçulmanos. “Se conseguirmos, abriremos possibilidades que ninguém imaginava”, afirmou. Trump, por sua vez, chamou o momento de “histórico” e elogiou a parceria com Israel, sem responder a perguntas da imprensa. Leia também Trump diz que Netanyahu aceitou plano de paz e anuncia 'fim da guerra' em Gaza