O BTG Pactual revisou suas projeções para a Iochpe-Maxion (MYPK3) e rebaixou a recomendação da ação de compra para neutra, cortando o preço-alvo de R$ 19 para R$ 14 por papel.Em relatório divulgado nesta segunda-feira (29), os analistas afirmam que o cenário mais desafiador no setor automotivo global e doméstico limita os gatilhos de valorização no curto prazo, apesar do valuation ser considerado atrativo.No pregão de hoje, a ação recua mais de 2%. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "MYPK3", "MYPK3" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "07d095d"} ); VEJA TAMBÉM: ASSAÍ x GPA, privatização da COPASA e PETROBRAS no radar dos analistas; hora de comprar ou vender? Confira o novo episódio do Money Picks no YoutubeEntre os fatores que motivaram a revisão, o BTG cita a demanda mais fraca que o esperado nos Estados Unidos, especialmente em componentes estruturais, que representam cerca de metade dos volumes da região.O banco também destaca a valorização do real, que pressiona receitas dolarizadas; o ritmo mais lento de desalavancagem; e a perspectiva menos favorável para a indústria automotiva brasileira.Cerca de 54% da receita da companhia vem da América do Norte e Europa, onde a produção segue enfraquecida.O banco também prevê números mais fracos no terceiro trimestre, com receita líquida estimada em R$ 3,9 bilhões, queda de 2% na comparação anual, e Ebitda de R$ 399 milhões, retração de 9%.De acordo com os analistas, a margem deve ficar em 10%, enquanto o lucro líquido é projetado em R$ 40 milhões, bem abaixo dos R$ 109 milhões registrados um ano antes.A menor produção na América do Norte deve continuar pesando sobre os resultados, agravada pelo impacto das novas tarifas de importação de 25% sobre caminhões nos EUA, que entram em vigor em 1º de outubro e aumentam a incerteza na cadeia produtiva.O cenário global para a indústria também permanece desafiador. A produção de veículos leves deve crescer apenas 2% em 2025 e cair 1% em 2026, com quedas esperadas na América do Norte e na Europa.No Brasil, a Anfavea revisou para baixo as estimativas de vendas para 2025 e agora espera alta de 6% para veículos leves e queda de 5% para pesados, refletindo juros elevados, desaceleração nos EUA e atividade econômica mais fraca.Para o BTG, embora a diversificação geográfica da Iochpe ajude a mitigar parte das pressões, os ventos contrários vindos do exterior e a falta de catalisadores claros mantêm a recomendação neutra.O banco afirma que pode passar a ter uma visão mais construtiva sobre o papel em caso de recuperação mais rápida dos volumes globais, avanço mais consistente na desalavancagem e maior geração de caixa.CONFIRA: Está em dúvida sobre onde aplicar o seu dinheiro? O Money Times mostra os ativos favoritos das principais instituições financeiras do país; acesse gratuitamente