Pelo menos duas pessoas morreram e outras ficaram feridas neste domingo (28) após um ataque a tiros em uma igreja mórmon no estado de Michigan, no norte dos Estados Unidos. O edifício religioso também foi incendiado. O suspeito, identificado como Thomas Jacob Sanford, de 40 anos, foi morto pela polícia oito minutos depois do início do ataque. As autoridades não informaram a motivação do crime.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou o episódio como “horrendo”. “Isso parece ser mais um ataque direcionado a cristãos nos Estados Unidos. Esta epidemia de violência em nosso país deve cessar imediatamente”, escreveu em sua plataforma Truth Social.Segundo o chefe de polícia local, William Renye, Sanford invadiu a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Grand Blanc, região de Flint, por volta das 10h25 (11h25 em Brasília). Ele entrou com seu carro pela porta principal e, em seguida, começou a atirar com um fuzil de assalto contra os fiéis que participavam de uma cerimônia religiosa.Naquele momento, havia centenas de pessoas dentro do templo. As autoridades acreditam que o suspeito também ateou fogo ao prédio antes de ser morto. Dez pessoas ficaram gravemente feridas, das quais duas morreram. Sete estão em condição estável e uma em estado crítico. A polícia teme encontrar mais vítimas durante as buscas no local.Imagens mostraram equipes de resgate retirando pessoas em macas e uma coluna de fumaça escura saindo do edifício. “Meu marido ouviu gritos. Eu escutei tiros. Voltamos para casa e esperamos. Depois vieram as ambulâncias e nos disseram que o agressor tinha sido neutralizado. Agora há fumaça por toda parte”, relatou Dobbie Horkey, moradora próxima da igreja, à AFP.RepercussãoO diretor do FBI, Kash Patel, informou que agentes federais estão apoiando as investigações. “A violência em um lugar de culto é um ato covarde e criminoso. Nossas preces estão com as vítimas e suas famílias”, disse.A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, também se manifestou. “Uma violência deste tipo em um local de culto é impactante e aterradora. Rezemos pelas vítimas desta tragédia terrível.”O caso ocorre em meio a uma escalada de violência política no país, intensificada após o assassinato do ativista de direita Charlie Kirk, em 10 de setembro. O episódio aumentou a tensão no debate público, com a ala trumpista acusando a esquerda de alimentar um clima de “terrorismo interno”.*Com AFP