O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as negociações para encerrar o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza estão em seus “estágios finais” e podem abrir caminho para uma paz mais ampla no Oriente Médio. Segundo ele, um acordo pode incluir a libertação de reféns israelenses e a criação de um futuro governo em Gaza sem o Hamas. “Se conseguirmos isso, será um grande dia para Israel e para o Oriente Médio. Será a primeira chance de paz real na região. Mas precisamos concluir isso primeiro”, disse Trump em entrevista ao site Axios.O presidente norte-americano ressaltou que os países árabes envolvidos nas negociações têm colaborado ativamente. “O Hamas está negociando com eles. O mundo árabe quer paz, Israel quer paz, e Bibi [Netanyahu] quer paz”, afirmou. Trump também tem demonstrado interesse em ganhar o Nobel da Paz, destacando em discurso na Assembleia-Geral da ONU que encerrou “sete guerras” durante seu governo.O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que enfrenta crescente pressão interna e isolamento internacional, deve se reunir com Trump na Casa Branca nesta segunda-feira (29) para defender sua estratégia de “terminar o trabalho” contra o Hamas em Gaza. Segundo especialistas, ele precisa aceitar o plano americano de 21 pontos, apresentado à margem da Assembleia-Geral da ONU, para encerrar a guerra.O plano inclui cessar-fogo permanente, retirada israelense e retorno seguro dos reféns. Também prevê a formação de um governo em Gaza sem o Hamas, com participação da Autoridade Palestina, e a criação de uma força de segurança internacional composta por tropas palestinas e de países árabes.Alguns pontos do plano podem gerar resistência em Israel, especialmente entre ministros de extrema direita, que exigem a destruição completa do Hamas antes de qualquer acordo e se opõem à participação da Autoridade Palestina. Além disso, o Hamas rejeitou publicamente a exigência de desmilitarização de Gaza e ainda não recebeu proposta oficial de mediação do Catar ou do Egito.O conflito teve início em 7 de outubro de 2023, com um ataque do Hamas no sul de Israel que matou 1.219 pessoas, a maioria civis. A ofensiva israelense de retaliação em Gaza deixou cerca de 66.000 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, números considerados confiáveis pela ONU. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Enquanto isso, protestos em Israel e pressão internacional pedem um cessar-fogo imediato. “A única coisa que pode impedir a queda no abismo é um acordo completo que termine a guerra e traga todos os reféns e soldados para casa”, disse Lishay Miran-Lavi, esposa de um refém israelense em Gaza.*Reportagem produzida com auxílio de IA