A gestora 21Shares acredita que o Brasil vive um momento único para o avanço dos investimentos no mercado de criptomoedas. Depois de três anos estudando o país, a empresa suíça decidiu estrear na B3 com seis produtos, apostando que a maturidade regulatória e o crescente interesse do investidor local criam as condições ideais para expandir sua presença na América Latina. “Hoje as condições são mais propícias para a oferta que estamos fazendo na B3, em termos de regulação, níveis de investimento e potencial do mercado”, afirma Bruna Cabús, associada sênior da 21Shares para a Península Ibérica e América Latina, em entrevista ao Portal do Bitcoin.A estreia no Brasil foi marcada pelo lançamento de BDRs de ETPs com lastro físico, incluindo um de Solana, que já conta com € 1,4 bilhão sob gestão na Europa. Segundo Cabús, a escolha de espelhar produtos globais em vez de criar estruturas totalmente locais tem como objetivo unir agilidade, solidez regulatória e reconhecimento de marca. “Essa opção faz ainda mais sentido porque com o BTG como market maker os BDRs permitem já listar produtos com volume alto e track record sólido, o que é especialmente importante em ativos de staking, onde segurança e liquidez são cruciais para retornos competitivos”, explica.Embora o mercado brasileiro de ETFs de cripto exista desde 2021, ele ainda é considerado pequeno em comparação a EUA e Europa. Para Cabús, isso representa mais oportunidade do que desafio. “Identificamos uma oportunidade de crescimento importante no mercado brasileiro, que vem mostrando grande interesse na oferta global de ETFs para diversificar investimentos e proteger ativos. A 21Shares entra oferecendo quatro ETPs de cripto que não estavam disponíveis para o investidor local, o que introduz dinamismo e ajuda a desenvolver o mercado”, afirma.Leia também: 21Shares estreia no Brasil com seis produtos de criptomoedas na B3Um dos pontos centrais da estratégia é equilibrar o apetite do investidor de varejo brasileiro com a atração de fluxos institucionais consistentes. “Apostamos também na diversificação da base de clientes, tentando atrair aquele investidor que antes optava por outros ativos. Os ETPs da 21Shares podem ser o ponto de entrada de muitos que temiam investir em cripto por falta de lastro físico ou volatilidade maior”, diz Cabús.A experiência internacional da 21Shares também traz aprendizados para a operação local. Em mercados como Europa e Estados Unidos, a empresa percebeu que o fator mais decisivo para o crescimento da demanda é a educação financeira. “O que realmente aprendemos é que a educação é o fator mais importante. A criptografia ainda é muito recente e requer um forte foco em ajudar os investidores a compreendê-la. Essa é uma lição que estamos trazendo diretamente para o Brasil”, destaca a executiva.No horizonte, a 21Shares também acompanha de perto a evolução da tokenização de ativos do mundo real, como imóveis, crédito e obras de arte. Embora o tema ainda não esteja diretamente no portfólio da operação brasileira, ele faz parte do radar estratégico do grupo. “Uma das nossas empresas irmãs está na tokenização de diferentes ativos, mas com um plano de ação ainda em evolução”. “Contamos com um forte departamento de pesquisa que analisa todas as tendências do mercado e já demonstramos nossa adaptabilidade e liderança em termos de novos ativos, novas tecnologias e novos caminhos para oferecer o melhor produto aos nossos clientes”, conclui Cabús.No MB, a sua indicação vale Bitcoin para você e seus amigos. Para cada amigo que abrir uma conta e investir, vocês ganham recompensas exclusivas. Saiba mais!O post 21Shares vê terreno fértil no Brasil para expansão das criptomoedas: “grande oportunidade” apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.