TJDFT dá 10 dias para defesa de Adriana Villela se manifestar sobre provas

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O Tribunal do Júri de Brasília, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), cumpriu decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ratificou as provas produzidas na instrução processual no caso em que Adriana Villela é acusada de ser a mandante do assassinato dos pais, José Guilherme e Maria Villela, e da funcionária da família, Francisca Nascimento da Silva.Em decisão expedida nesta terça-feira (30/9), o juiz Heversom D’Abadia Teixeira Borges também determinou a intimação da defesa para se manifestar sobre eventual necessidade de produção de novas provas, decorrente do acesso aos depoimentos dos corréus que imputaram o crime à recorrente. Os advogados têm prazo de 10 dias.O STJ anulou a condenação de Adriana Villela a 61 anos de prisão no caso conhecido como Crime da 113 Sul. A anulação se estende à decisão de pronúncia.4 imagensFechar modal.1 de 4Adriana VillelaRafaela Felicciano/Metrópoles2 de 4Ela chorou ao ouvir a decisão de condenação no Tribunal do JúriRafaela Felicciano/Metrópoles3 de 4Rafaela Felicciano/Metrópoles4 de 4Rafaela Felicciano/MetrópolesApós a manifestação da defesa e eventual produção de novas provas, o Tribunal do Júri de Brasília deverá optar pela pronúncia da ré e consequente julgamento, impronúncia, desclassificação ou absolvição sumária.Em julgamento encerrado no dia 2 de setembro de 2025, 16 anos após o crime, os ministros da Sexta Turma decidiram, por maioria, atender pedidos dos advogados da arquiteta para anulação da condenação por cerceamento de defesa, que não teve acesso a provas importantes do caso, como depoimento de outro réu que acusou Adriana Villela de ser a mandante dos assassinatos.O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou, na quinta-feira (25/9), recurso contra a anulação da condenação e pediu a prisão imediata da arquiteta.Entenda o casoEm agosto de 2009, José Guilherme, Maria e Francisca foram mortos no apartamento da família, no 6º andar de um prédio na 113 Sul.As vítimas foram golpeadas com mais de 70 facadas pelos autores do crime.No julgamento de 2019, o porteiro do prédio à época, Paulo Cardoso Santana, foi condenado a 62 anos de prisão por ter matado as vítimas.Considerados coautores, Leonardo Campos Alves e Francisco Mairlon tiveram penas fixadas em 60 e 55 anos, respectivamente.O Metrópoles contou o caso com riqueza de detalhes no podcast Revisão Criminal. Em sete episódios, as teses da defesa e da acusação foram explicadas com profundidade.