Justiça nega liberdade a acusado de matar médicos na Barra, que segue foragido

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A Justiça do Rio negou, nesta terça-feira (5), o pedido de revogação da prisão preventiva de Giovanni Oliveira Vieira, um dos acusados de participar da morte de três médicos em um quiosque da Barra da Tijuca, em outubro de 2023. No entanto, Giovanni segue foragido.Na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) e aceita pela Justiça em dezembro do ano passado, Giovanni é apontado como o "batedor" dos executores ao observar de moto a movimentação de viaturas policiais durante o percurso, evitando que os comparsas fossem abordados."O acusado, mesmo sabendo do mandado de prisão expedido em seu desfavor e da existência deste processo, deliberadamente, mantém-se foragido, demonstrando, portanto, o acerto da decretação da prisão preventiva", destaca a decisão da 2ª Vara Criminal da Capital. Em dezembro de 2024, a Polícia Civil, em conjunto com o MPRJ, realizou uma operação na Cidade de Deus, Zona Oeste, para prender Giovanni, mas ele não foi localizado.Dos cinco réus do processo, quatro estão foragidos e apenas um preso: Francisco Glauber Costa de Oliveira, vulgo GL, atualmente em Bangu 3. Os outros acusados são Edgar Alves de Andrade, o Doca; Carlos da Costa Neves, o Gadernal, comparsa de Doca; e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW.Na mesma decisão que negou a liberdade para Giovanni, o juízo ratificou a audiência marcada para o dia 8 de setembro, às 16h.Relembre o casoEm 5 de outubro de 2023, os médicos Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos; Perseu Ribeiro Almeida, de 33; Diego Ralf de Souza Bomfim, de 35; e Daniel Sonnewend Proença, de 32, que participavam de um congresso de ortopedia no Rio, estavam em um quiosque em frente ao hotel onde acontecia o evento, na Barra da Tijuca, quando foram atacados pelos criminosos.Perseu levou cinco tiros: dois de raspão na mão e no braço, um na mão direita, um no peito que perfurou o pulmão, e outro na barriga que atingiu o fígado. Diego foi atingido por oito disparos, incluindo ferimentos nas costas, peito e trapézio. Marcos de Andrade foi alvejado por seis tiros, dois deles na cabeça. O único sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, foi atingido por 14 disparos e conseguiu escapar com vida.A quadrilha teria confundido Perseu com o chefe da milícia de Rio das Pedras, Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. No dia seguinte, corpos de quatro suspeitos de terem realizado o ataque foram encontrados em dois carros em pontos diferentes da Zona Oeste.