O Centrão pavimentou o andamento do pacote de projetos bolsonaristas, incluindo a anistia ao 8 de Janeiro, para encerrar a greve da direita no plenário da Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (6/8). A oposição desocupou a Mesa Diretora mencionando o compromisso fechado, mas o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), conforme apurou o Metrópoles, não teria dado garantias de que vai pautar as propostas.Os bolsonaristas ocupavam o plenário desde a segunda-feira (4/8) e se recusavam a sair até que a anistia fosse pautada no Congresso. O ato dos parlamentares foi uma reação à ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles se revezaram na cadeira de Motta e ameaçaram resistir até uma eventual ordem para que a Polícia Legislativa desobstruísse o local para que a sessão de votações fosse aberta.Para convencer os bolsonaristas a deixarem o plenário, líderes de partidos do Centrão afirmaram que apoiariam dois projetos reivindicados pela direita. Além da anistia, eles ajudariam com o fim do foro privilegiado, visando limitar o alcance do Supremo Tribunal Federal (STF) contra parlamentares. O apoio foi capitaneado pelo PP e União Brasil, além de outras legendas do chamado Centrão.12 imagensFechar modal.1 de 12Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), senta à mesa diretora e abre sessão extraordinária na noite desta quarta-feira (6/8)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 12Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), senta à mesa diretora e abre sessão extraordinária na noite desta quarta-feira (6/8)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto3 de 12Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), senta à mesa diretora e abre sessão extraordinária na noite desta quarta-feira (6/8)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 12Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), senta à mesa diretora e abre sessão extraordinária na noite desta quarta-feira (6/8)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 12Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), senta à mesa diretora e abre sessão extraordinária na noite desta quarta-feira (6/8)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto6 de 12Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), senta à mesa diretora e abre sessão extraordinária na noite desta quarta-feira (6/8)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto7 de 12Confusão na Mesa Diretora da CâmaraVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto8 de 12Parlamentares bolsonaristas, que obstruem os trabalhos da Câmara dos Deputados, se reúnem na mesa diretora da CasaVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto9 de 12Parlamentares bolsonaristas, que obstruem os trabalhos da Câmara dos Deputados, se reúnem na mesa diretora da CasaVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto10 de 12Deputada Júlia Zanatta com bebê no colo na CâmaraVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto11 de 12Parlamentares bolsonaristas, que obstruem os trabalhos da Câmara dos Deputados, se reúnem na mesa diretora da CasaVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto12 de 12Deputado Hugo Motta, presidente da Câmara, retoma Mesa Diretora, após obstrução da oposiçãoVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto Leia também Brasil Motta retoma Mesa Diretora e manda recado: “Projetos pessoais não estão à frente do povo” Brasil Após ameaçar oposição, Motta deve fazer sessão sem votação Blog do Noblat Parlamentares bolsonaristas “sequestram” o Congresso, diz Tarcísio Motta Paulo Cappelli Com bebê de colo, deputada ocupa a cadeira de Hugo Motta; veja vídeo Sem previsãoSegundo os interlocutores de Motta, não há acordo, mas uma sinalização de encaminhamento dessas pautas. O Centrão está irritado com o STF por motivos como a derrota do IOF e, também, a imposição de tornozeleira ao senador Marcos do Val (Podemos-ES). Esse grupo quer dar as mãos aos bolsonaristas em nome do que considera ser a defesa das prerrogativas do Legislativo frente ao Judiciário.Apesar de não haver compromisso, a oposição cantou vitória ao final do impasse no plenário da Câmara. O líder do grupo na Casa, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que houve garantia de análise das propostas após os bolsonaristas deixarem o plenário.“Toda essa ocupação tem o objetivo da volta das prerrogativas constitucionais do Congresso. O presidente Hugo Motta pediu aos líderes representados — o PP, o União, o Novo, os líderes da oposição — e também tenho autorização para falar do partido PSD. Nós construímos o compromisso de que, na próxima semana, abriremos os trabalhos desta Casa pautando a mudança do foro privilegiado. (…) Junto com o fim do foro, pautaremos a anistia”, disse Sóstenes.