Líder do PT nega existência de acordo para pautar anistia na Câmara

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O líder do PT (Partido dos Trabalhadores), Lindbergh Farias (RJ), negou haver acordo entre a oposição e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pautar a anistia e o fim do foro privilegiado.A declaração ocorreu após o líder do PL (Partido Liberal), Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciar o acordo em coletiva de imprensa. Segundo ele, já na próxima semana as duas matérias de interesse da oposição já seriam pautadas.“Não vamos votar a anistia. Isso está fora. Eles falam isso aqui porque estão tentando criar uma justificativa para a base deles, porque tiveram que recuar aqui”, disse Lindbergh. Leia Mais: Hugo retoma cadeira, diz que obstrução física não faz bem e encerra sessão Sóstenes diz que Câmara vai pautar anistia e foro na próxima semana Hugo: Não esperem omissão desta presidência para decidir qualquer tema O líder do PT ainda prometeu representar ao Conselho de Ética o nome de todos os parlamentares que participaram da ocupação do plenário e interrupção dos trabalhos. “Não há negociação com o que essa turma fez”, completou.Segundo governistas, o presidente da Casa garantiu que não fez acordo com a oposição para pautar a anistia.O presidente da Câmara retomou a Mesa Diretora do plenário da Câmara na noite desta quarta-feira (6), após mais de um dia de protestos. O começo da sessão aberta por Hugo foi tumultuado e, por vários minutos, teve a fala interrompida pela confusão entre os deputados.Na terça-feira (5), deputados e senadores de oposição ocuparam a mesa do plenário em protesto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL). O protesto também ocorreu no Senado.A medida faz parte da estratégia anunciada pela oposição para pressionar os presidentes das duas Casas para pautarem a anistia aos condenados do 8 de janeiro e o processo de impeachment contra Moraes.Após tentativas frustradas de demover a oposição e a maioria dos líderes concordar, a Presidência da Câmara editou ato em que determinou que a sessão deliberativa do plenário ocorreria às 20h30 desta quarta-feira apesar do protesto dos deputados.