FIIs de papel ou crédito privado: o que faz mais sentido na carteira do investidor?

Wait 5 sec.

A dúvida é comum entre investidores de fundos imobiliários: vale a pena substituir investimentos diretos em crédito privado, como CRIs, CRAs e debêntures, por FIIs de papel? Ou cada um desses ativos ocupa funções distintas na carteira?Segundo Marco Baroni, Head de Fundos Imobiliários da Suno Research, é importante entender que, assim como ocorre na comparação entre comprar um imóvel diretamente ou investir por meio de um fundo imobiliário, o investidor que aplica em crédito privado direto precisa estar disposto a analisar profundamente os ativos — e, mais importante, entender que poderá ter pouca liquidez e maior concentração de risco.“Será que o investidor leu todas as páginas do termo de securitização? Sabe qual é a liquidez do título? Às vezes, a história é muito bem contada, mas só mostram o lado bom. E quem não tem a técnica necessária, acaba exposto a riscos que não percebe”, afirmou Baroni em episódio do Liga de FIIs, do InfoMoney.Na visão do analista, delegar a gestão a um fundo pode ser mais eficiente — tanto em termos de diversificação de crédito, quanto de análise técnica. “A partir do momento que você investe via FII de papel ou fundo de crédito, entra em cena o fator mais importante dessa relação: confiança no gestor. Rentabilidade vem depois. Antes disso, vem convicção no mandato, na estratégia e na capacidade de execução.”Leia Mais: Com R$ 111 mi do próprio bolso, MAG Investimentos lança 1º fundo imobiliário na B3Sérgio Machado, que atua como gestor na MAG Investimentos há mais de uma década, reforçou o ponto de Baroni. Ele contou como sua trajetória profissional passou de uma abordagem de alto risco, como tesoureiro de grandes bancos, para a criação da família de fundos MAG Cash, focada em crédito de baixíssimo risco.“Chegou um momento em que percebi que estava perdendo a sensibilidade para tomar decisões de risco rápido, como estopar ou dobrar posições. Resolvi mudar de lado e passei a construir uma estratégia de geração de alfa com risco muito controlado”, explicou.Hoje, os fundos sob sua gestão priorizam títulos públicos, operações de termo sem risco de volatilidade, e letras financeiras (LFs) dos seis maiores bancos do país. “É uma carteira sólida, com risco extremamente baixo. Em 11 anos, entregamos cerca de 108% do CDI, o que considero excelente dentro dessa proposta.”Confira a entrevista completa – e mais dicas – de Sérgio Machado na edição desta semana do Liga de FIIs. O programa vai ao ar todas as quartas-feiras, às 18h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.The post FIIs de papel ou crédito privado: o que faz mais sentido na carteira do investidor? appeared first on InfoMoney.