Dólar fica estável a R$ 5,50 na véspera de tarifas sobre Brasil

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Na véspera da vigência das tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros à importação nos Estados Unidos, o dólar interrompeu a sequência de duas quedas consecutivas e ganhou força ante as moedas globais e emergentes. Nesta terça-feira (5), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5060, com leve queda de 0,01%. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "USDBRL", "USDBRL" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "029b7eb"} ); O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava estável, aos 98,770 pontos.LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-seO que mexeu com o dólar hoje?O mercado de câmbio continuou à mercê da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.Trump voltou a ameaçar um aumento “substancial” das tarifas impostas aos produtos da Índia nesta terça-feira (5), reiterando as declarações feitas na véspera.O motivo por trás da elevação é a continuação das compras de petróleo russo — que, segundo o presidente, estão financiando a guerra da Rússia contra a Ucrânia. O chefe da Casa Branca já ameaçou sanções ao país liderado por Vladimir Putin caso não haja um cessar-fogo nos próximos dias. O governo Trump já impôs uma taxa de 25% sobre os produtos indianos.Em entrevista à CNBC, Trump também afirmou que anunciará tarifas sobre semicondutores, chips e produtos farmacêuticos na próxima semana. “Faremos anúncios sobre semicondutores e chips, que são uma categoria separada, porque queremos que eles sejam feitos nos Estados Unidos”, disse. Os investidores ainda mantiveram as apostas de início de ciclo de cortes nos juros norte-americanos pelo  Federal Reserve (Fed) já em setembro, após dados mais fracos de atividade econômica que elevaram o temor de uma estagflação nos EUA. O índice de preços (PMI) do setor de serviços recuou de 50,8 em junho para 50,1 em julho, segundo a pesquisa divulgada pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês). O resultado ficou aquém das expectativas do mercado: os analistas esperavam uma alta de 51,3 no mês.Uma leitura acima de 50 indica uma expansão do setor. O dado de hoje, porém, aponta para uma leve estagnação de serviços nos EUA.No cenário doméstico, os investidores também repercutiram a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que trouxe mais detalhes sobre a decisão de manter a Selic em 15% ao ano. No documento, o colegiado do Banco Central (BC) destacou as preocupações com as tarifas de Trump sobre o Brasil. Os diretores afirmaram que os impactos ainda dependem de como se encaminharão os próximos passos da negociação e a percepção de risco relativa ao processo.“Se, de um lado, a aprovação de alguns acordos comerciais, assim como os dados recentes de inflação e atividade da economia norte-americana poderiam sugerir uma situação de redução da incerteza global, de outro, a política fiscal e, em particular para o Brasil, a política comercial norte-americanas tornam o cenário mais incerto e mais adverso”, disse a ata.A tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros entrará em vigor nesta quarta-feira (6).