A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) multou a empresa Bluenbenx e seus sócios Roberto Jesus Cardassi e William Tadeu Batista Silva no total de R$ 39.898.032,38.No caso da Bluebenx, a multa pecuniária de R$ 26.000.000,00 se deu pelo fato de a empresa operar uma fraudulenta. Outra multa no valor de R$ 9.265.354,92 se deu pela oferta de valores mobiliários sem registro no regulador.O primeiro sócio Roberto Cardassi recebeu ainda uma multa de R$ 2.316.338,73 por infração na oferta pública sem registro na CVM. Além disso, ele está proibido de realizar ofertas no mercado de valores nacional pelo período de 78 meses (6,5 anos).O outro multado pela CVM, o sócio William Tadeu Batista Silva recebeu a mesma multa e proibição que Cardassi.O julgamento da CVM contra a BlueBenx ainda aponta que cabe recurso dos acusados punidos. “Os acusados punidos poderão apresentar recurso com efeito suspensivo ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional“, disse a CVM em nota.Outros dois que haviam sido citados na acusação, Renato Sanchez Gonzalez Junior e de André Massao Onomura, acabaram absolvidos pela autarquia.Diretor que pediu vista influenciou na votação final de condenação da CVM contra BlueBenx e aumentou multa contra empresaEm maio de 2025, a sessão acabou suspensa a pedido de vista do Diretor João Accioly, que acabou votando ao final pela majoração da multa contra a empresa com operações fraudulentas no mercado de criptomoedas brasileiro.Isso porque, a primeira multa apresentada pelo relator Diretor Otto Lobo previa uma condenação de R$ 8 milhões, somada com R$ 18.530.709,84. Além disso, Roberto Cardassi teria de pagar R$ 4.632.677,46 e ficar 96 meses fora do mercado. Já William Tadeu pagaria R$ 2.316.338,73 com proibição de 87 meses de participar do mercado financeiro.Contudo, Accioly em análise com vista também apresentou algumas discordâncias pontuais com o relator, diminuindo o tempo de proibição de operações no mercado para ambos os sócios (78 meses cada), assim como a multa fixada em R$ 2.316.338,73 para ambos.Ao final, os diretores concordaram com a nova dosimetria e aplicaram o que o diretor votou no dia 5 de agosto, estando a empresa e seus dois sócios agora punidos administrativamente pela autarquia.Relembre o caso da empresaDesde 2019 a BlueBenx entrou na mira da CVM por sua atuação sem autorização do regulador, emitindo tokens e produtos de investimentos para investidores brasileiros.Em 2022, a empresa piorou a situação para os investidores, uma vez que travou saques e sua operação praticamente se encerrou.Foragido em Portugal, Roberto Cardassi se viu preso em 2024 em um ato de colaboração internacional. Agora, com a questão finalizada na CVM, a empresa BlueBenx entra para a lista de mais uma fraude financeira no país.O Livecoins não encontrou os responsáveis pela defesa da empresa para comentários, mas o espaço permanece em aberto para comentários.Fonte: CVM multa Bluenbenx e sócios por fraude financeira em R$ 40 milhõesVeja mais notícias sobre Bitcoin. Siga o Livecoins no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.