A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (5/8) que o governo federal acredita no recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a inclusão de itens como café e carne da lista de produtos brasileiros que serão sobretaxados em 50% a partir desta quarta-feira (6/8).“Acreditamos que, na hora em que olharem os números inflacionados desses produtos, pesquisa de opinião pública, eles vão reposicionar esses produtos de novo. Pode não acontecer dia 6, mas vai acontecer. Não tem lógica nenhuma. Até eleitoral”, disse a ministra no Palácio do Planalto, em Brasília.Com relação ao plano de contingência, a ministra avaliou que as equipes estão trabalhando e que uma série de medidas foram apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É uma questão de tirar ou não tirar, a depender das exceções serem estendidas ou não”, disse Tebet. Leia também Economia Haddad minimiza tarifaço e prevê exportações indo a outros mercados Negócios Tarifaço: Trump diz que está “muito perto” de acordo com a China Brasil Tarifaço: saiba quais medidas Brasil já sinalizou a setores afetados Brasil Alckmin: Brasil consultará OMC sobre tarifaço, mas Lula decidirá data De acordo com a ministra, os setores poderão ser contemplados com benefícios específicos. Ainda segundo ela, o governo busca aproveitar medidas já testadas durante a pandemia. “Não vamos inventar nada, não vamos tirar coelho da cartola. A pandemia nos permitiu testar medidas que se mostraram, muitas delas, bem-sucedidas, com apoio do Congresso”, avaliou.De acordo com ela, as medidas não exigem espaço orçamentário e não têm impacto direto no teto de gastos, conforme já antecipado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.“Pode até ter algum impacto fiscal, mas o que é prioritário e emergencial agora não exige isso. Se houver algo que demande recursos, vai ser tratado com razoabilidade. Já tivemos essa experiência na pandemia”, disse.